"A Geórgia não renunciou ao recurso à força para resolver os conflitos com a Abkházia e a Ossétia do Sul ",declarou ontem o presidente da autoproclamada República da Ossétia do Sul, Eduard Kokoity(na foto), numa coletiva de imprensa em Moscou.
Em caso de novas hostilidades, a Ossétia do Sul espera receber apoio da Rússia, mas não das suas Forças Armadas, mas do Estado russo como garante de paz e estabilidade regionais. Eduard Kokoity anunciou ainda que a Ossétia do Sul ajudará a Abkházia se esta for alvo de uma agressão por parte da Geórgia.
Essas duas Repúblicas náo reconhecidas internacionalmente proclamaram a independência quando na sequência da desintegração da União Soviética o Governo de então da Geórgia haviam acabado com seu status autnônomoA Rússia exigiu, esta segunda-feira, que a Geórgia retire as suas tropas do vale de Kodori, na região da Abkhazia, para evitar um conflito com os separatistas abkhazes.
Depois de ter enviado soldados para o vale onde está situado o rio Kodori para acabar com a revolta de um chefe de milícia local, a Geórgia anunciou dois dias depois que a zona estava inteiramente sob o controlo do governo de Tbilissi.
O vale de Kodori, na Abkhazia, é a única parte da região secessionista que escapava à tutela da Geórgia. O ministro da Defesa russo, Sergei Ivanov, exigiu em conferência de imprensa a retirada do exército georgiano e pediu "uma inspecção completa" às suas tropas "para que Tbilissi deixe de dizer que se trata de polícias".
A Rússia enviou uma força de manutenção de paz para a região, no seguimento de um acordo concluído em 1994. Tbilissi acusa Moscovo de apoiar os separatistas e exige a substituição das tropas russas por uma força internacional. De acordo com fontes militares russas, a Geórgia enviou para a região cerca de 500 soldados. Tbilissi desmente.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter