Libertadores - Tri-legal para os uruguaios!

Lua cheia em Montevidéu, o Lobishomem vestiu-se da cor “violeta” ferindo de morte o Mengão - Defensor Sporting 3 – Flamengo 0 - Nacional 3 – Necaxa 2 - Uma frase dum torcedor do Defensor pertinho de nós no instante da partida perante o famoso Mengo acabou resumindo aquilo que aconteceu numa data inesquecível para os “tortos” uruguaios, 2 de maio de 2007.

Uma frase dum torcedor do Defensor pertinho de nós no instante da partida perante o famoso Mengo acabou resumindo aquilo que aconteceu numa data inesquecível para os “tortos” uruguaios, 2 de maio de 2007.

“ Daí cara…continua ligado na tomada de 200 V, continua assim desse jeito, continuaaaa com essa raça !!!!

O “filme” que conseguiamos asistir para essa lenda foi o Maxi “macaco” Pereira perseguindo uma e duas vezes a bola nas costas duma das 10 camisas rubro-negras do Mengo que protegindo-a tentava dar uma virada na procura do goleiro Martín Silva mas isso tudo aconteceu quase do lado do treinador uruguayo Jorge “Polilla” Da Silva na faixa esquerda do ataque visitante.

A noite montevideana ia ser uma noitada tingida da cor “violeta” no começo do jogo na hora que o único jogador conhecido dos brasileiros, o Paulo Pezzolano enfiou pelo centro da grande área até que foi derrubado pelas pernas dum jogador do Fla.

Penaltiiii foi o grito que nasceu das arquibancadas do Estádio Centenario e com extrema justiça o o árbitro chileno Chandía apitou a falta favorável para o Defensor.

O Álvaro “chinês” Navarro, segurou a bola, colocou-a no lugar certo e provocou o primeiro grito de golo da torcida “violeta” chutando raso assim que o goleiro “deitava-se” numa outra direção.

As 15 mil pessoas presentes no Monumento Histórico do Futebol Mundial tinhamos assistido apenas 5 dos 90 minutos do jogo.

O Mengo quase não tinha percebido que tinha saído no relvado e Defensor tirou vantagem disso jogando uma pressão insuportável a cada cantinho da cuadra.

Uma cabeçada do Martín “careca” Cáceres ( vendido para o Villarreal da Espanha á partir de junho que vem ) após escanteio cobrado do canto esquerdo foi a melhor chance do anfitrião no primeiro tempo pois mesmo que o goleiro defendeu, não acabou conseguindo segurar a bola que ficou dando uma de “borboleta” no ar e o número um visitante deu mais uma braçada jogando-a fora do “barraco de fios”.

A dúvida ainda continua até tentando conferir nas camarinhas inimigas dos árbitros.

Nestes instantes é que alguns comentários do passado do Presidente do Defensor Sporting, Sr. Fernando Sobral tem validade infinita.

No início da Libertadores confirmou que à medida que a time progredisse na Taça ia sentir a falta duma torcida que lotasse as arquibancadas.

Ontem nessa mesma situação com o Nacional ou Peñarol na frente do Mengão e 65 mil pessoas no Centenario talvez o árbitro tivesse apontado com o dedo indicador para o centro da cuadra do jeito que também poderia acontecer no Estádio do Boca Junior La Bombonera, no Morumbí de Sampa, no Maracaná do Rio ou no Estádio da Luz de Lisboa.

Que sabe né ?

No segundo tempo o negócio ia continuar melhorando para o Defensor pois tendo andando apenas três minutos o Álvaro “Tata” González chutou uma bola de fora a grande área encostado apenas na faixa direita e com extrema qualidade colocou-a do lado da “coluna direita” do fluorescente goleiro brasileiro ( erro segundo os idosos amadores do futebol pois acham que fica fácil referência dos “falcões” ).

Golaço !!!

Os anfitriões continuaram tentando progredir no campo por fora da ventagem pois tinham a certeza que dois golos de vantagem perante um histórico da Libertadores no também histórico Maracaná poderia ser nada no final desta partida de 180 minutos.

O Sebastián Fernández entrou no gramado no minuto 74 e no primeiro chute que enfiou rumo á “área restrita” dos cariocas bateu numa das duas “colunas” da residência do Fla voltando para o lado contrário da área pequena encontrando o Álvaro “chinês” Navarro dando um mergulho no ar, colocando a bola fora do alcance do “zelador” visitante.

Pesadelo para o Mengão e sua torcida ( uns 150 segundo o José Carlos Peruano, chefão da barulhenta turma conhecida como Urubuzada) que deram essa cor especial dos brasileiros pulando pelos estádios do mundo todo.

Mas foi éxtase para o Defensor e sua torcida que continuam beliscando-se pois não acreditam ter ganho do famoso Mengão do jeito que fizeram.

É bom salientar que o Embaixador do Brasil em Montevidéu, Sr. José Felício assistiu o jogo na Arquibanca América mantendo uma conversa descontraída conosco antes do início da partida.

Foi ele que monstruo para nós a turma de diplomatas e funcionários da embaixada também na América torcendo junto com os amigos da Fiel rubro-negra.

Jogando desse jeito assim nem o “fio maravilla!” ia salvar o Mengo do furacão mas paraí…será que o histórico Maracaná e o cheirinho de qualidade que espalharam os craques Campeões da América 1981 pelo gramado conseguem deixar sonhar a maior torcida do mundo ( 36 milhões, puxa vida !!! ).

NACIONAL ( URUGUAI ) 3 – NECAXA ( MÉXICO ) 2

Nacional vence o Necaxa com justiça mas viaja rumo à Aguas Calientes “sem vantagem”.

Com 18 mil pessoas nas arquibancadas é uma torcida interessante dos mexicanos se levarmos em consideração a distancia que fica Montevidéu da cidade de Aguas Calientes o jogo deu início no eixo das 21:15 horas com os torcedores do Nacional “ferventes” pois perceberam que “xerocando” a atitude do Defensor a noite retrasasa tudo ia ser provável !!!

A torcida anfitriã ia ficar “maluca” na hora que o Diego “Viruta” Vera garantiu a nomeação de “ladrão” de bolas defectuosas concretizando o primeiro golo da partida no início mesmo fazendo “replan” daquele que encerrou o resultado perante o Vélez Sarsfield no Estádio José Amalfitani de Buenos Aires.

Mas como fala a música…

Tristeza não tem fim...

Felicidade sim…

Os uruguaios ainda comemoravam a conquista e o brasileiro Kléber Boas após um lance do uruguaio Héctor Jiménez ia conseguir o empate para o Encasa.

O jogo continuou com muita tensão até que mais uma vez ia se repeter um “filme” que tinhamos assistido no decorrer desta versão 2007 da Libertadores também no Grande Parque Central por conta do canhoto Javier “cabeça” Delgado que cobrou uma falta de fora a grande área dos mexicanos do jeito que tinha tido sucesso perante o Inter e Emelec mas desta vez sem esse tal sucesso mas incomodando o goleiro argentino que não segurou a bola dando uma outra chance para o zagueiro-centro-avante Diego Godin que furou a rede “azteca”.

O primeito tempo ia fechar as portas sem novedades fora um penalti que o árbitro brassileiro Silvio Fagundes “engoliu-se” favorável para o Necaxa.

Na segunda metade após escanteio para os mexicanos que ganhou o protesto do Estádio GPC todo pelo apito do Fagundes chegou o golo dos visitantes numa jogada com muita bagunça na área pequena tricolor uruguaia com a bola que mudava de dono a cada instante até que o zagueiro Godín tentando impelí-la colocou-a devagar e com raiva derrubando sua própria muralha.

Após o 2 x 2, o Nacional organizou uma grande jogada pela faixa direita que deu início o Pablo Álvarez e o Jorge “Malaca” Martínez ( sobrinho do Jorge Barrios que fez o primeiro golo uruguaio na final do Mundialito de Janeiro de 1981 perante o Brasil ).colocou a bola fora do alcance do goleiro.do Necaxa entrando pela meia-lua da grande área.

No tempo suplementar e vindo do plantão foi o Pablo Cabellero quem chutou devagar uma bola dentro da área pequena Necaxa que bateu numa das colunas da residência mexicana, desta vez inimiga do anfitrião.

O jogo acabou favorável para os uruguaios de 3 x 2 e mesmo que pareça incrível com “vantagem” para os mexicanos que gritando apenas um golo em Aguas Calientes vão colocar a classificação no bolso, deixando o “bolso “ uruguaio fora da Libertadores 2007.

Correspondente PRAVDA.RU

Gustavo Espiñeira

Montevidéu – Uruguai

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey