FC Porto joga nesta quarta-feira contra o CSKA de Moscovo na Liga dos Campeões 2006-2007.
Primeira regra para analisar a equipa russa "É preciso vê-la como um bloco, não apenas por sectores.
É uma equipa que tem um conjunto de jogadores que não se altera e a mescla de russos com brasileiros dá-lhe um cunho muito forte". As palavras são de Mariano Barreto, actual técnico adjunto do Dínamo de Moscovo.
Mas há mais particularidades no que diz respeito ao núcleo duro, que se mantém inalterável. Do onze que empatou no Dragão (0-0), há dois anos, a contar para a Liga dos Campeões, só saiu Jarosik, que na altura se transferiu para o Chelsea. O plantel foi ainda reforçado com a qualidade de jogadores como os brasileiros Dudu Cearense e Jô.
Comparativamente, do onze do F. C. Porto restam quatro futebolistas no actual elenco Vítor Baía, Pepe, Hélder Postiga e Quaresma.
"Na Rússia, as equipas não fazem pressão. Jogam atrás da linha da bola e de forma organizada. Portanto, não imagino o CSKA a jogar ao ataque no Dragão. O F. C. Porto tem de assumir o jogo. Não pode deixar correr o barquinho e jogar com o tempo, porque essa não é a melhor solução", sublinha Mariano Barreto.
Até porque o conjunto orientado por Valeri Gassaev é como um predador que sabe escolher o momento certo para atacar "São muito fortes no contra-ataque, isso é sagrado, porque os avançados brasileiros Love, Jô e Daniel Carvalho têm muita mobilidade".
Do ponto de vista táctico, os russos jogam em 3x5x2. São uma "equipa muito forte fisicamente, que tem a vantagem de já ter disputado meio campeonato e com jogadores motivados". Na defesa, o destaque vai para o capitão Ignashevich, "o patrão", sendo que "os alas funcionam como extremos, quando atacam, e laterais quando defendem" e os médios "são muito bons jogadores, dois deles recuam para ajudar a defesa". São futebolistas "que têm características defensivas e ofensivas". Sérios avisos ao cuidado do F. C. Porto.
Jornal de Notícias
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