Ecos do 7 de Setembro: Impunidade ou morte!

por Arialdo Pacello(*)

De acordo com informações da mídia hegemônica, havia "muita gente" nas comemorações do Sete de Setembro bolsonarista. Bem, não se pode afirmar que era muita ou pouca gente, mas podemos admitir que havia até mesmo "gente", não só bolsonarentos. Apesar do total apoio de empresários sonegadores e de latifundiários e grileiros, que disponibilizaram transporte gratuito a partir de cidades de todas as regiões do Brasil, com destino ao Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, o número de pessoas que compareceram ao evento ficou muito abaixo do que aquilo que o comando da campanha de Bolsonaro previa, muito menos que os astronômicos números divulgado pelo Planalto.


Nunca esqueceremos que o Brasil tem 156 milhões de eleitores!

Vamos conferir:

BRASÍLIA

Previsão: O Planalto previa (e divulgou) o comparecimento de 1 milhão de pessoas. Revista editada por “jornalistas” bolsonaristas da rádio Jovem Pan, especialistas em fake-news, também falou em 1 milhão.

Realidade: Foram cerca de 100.000 pessoas!

O locutor oficial Cuiabano Lima, que transmitia o evento, chegou a dizer que havia 100.000 pessoas. Advertido, “recebeu ‘cola’ do Coronel Cid para trocar 100.000 por um milhão”.

Confirmemos:

O Globo em 09/09/2022: “LOCUTOR INFLA NÚMERO DE PRESENTES EM EVENTOS DE 7 DE SETEMBRO EM BRASÍLIA. É ADVERTIDO E SOBE NÚMERO PARA 1 MILHÃO”

Estadão: “LOCUTOR CITA 100.000 PESSOAS, É ADVERTIDO E SOBE NÚMERO PARA 1 MILHÃO NA ESPLANADA”

 

Aliciamento, crime eleitoral

 

A Gazeta (https://www.agazeta.com.br/colunas/leticia-goncalves/bolsonarista-do-es-oferece-viagem-de-graca-e-r-100-para-quem-quiser-ir-ao-7-de-setembro-no-rio-0922:

 

"Eu vim de graça?"Bolsonarista do ES oferece viagem de graça e R$ 100 para quem quiser ir ao 7 de Setembro no Rio

"É uma cortesia de um empresário, que botou um ônibus à disposição e faz uma ajuda de custo de R$ 100 por pessoa"


Ficou muito claro, insofismável, o fato de que os patrocinadores da campanha de Bolsonaro são as elites dominantes, endinheiradas – grandes empresários sonegadores, latifundiários e grileiros da Bancada Ruralista; falsos bispos corruptos e bilionários neopentecostais (Silas Malafaia, Edir Macedo e tantos outros hereges bolsonaristas, defensores de um evangelho às avessas), que levam para seus bolsos tudo o que se arrecada nas coletas das igrejas; além disso, manipulam, iludem fieis ingênuos e desinformados. 

 

Caravanas bolsonaristas tiveram apoio de empresários e movimentos reacionários de direita. Ônibus partiram de várias cidades em direção a São Paulo e Brasília, muitos com passagens gratuitas ou com descontos promocionais para aquela ocasião.

 

De várias cidades brasileiras, madeireiros, mineradores ilegais e politicos da base de apoio ao governo do Coiso garantiram a presença de milhares de pessoas no 7 de Setembro, bancando a viagem e gratificando os mais necessitados com R$ 100,00 e lanches.


O PALANQUE

 

Quem ficou ao lado de Bolsonaro no palanque de Brasília, único a ficar colado ao inominável, garantindo a presença do "empresariado brasileiro" no evento, foi o grande sonegador, caloteiro e golpista Luciano Hang, dono de um patrimônio calculado em aproximadamente R$ 5 bilhões.  

 

Em 1999, a Procuradoria da República em Blumenau (SC) obteve na Justiça mandado de busca e apreensão na empresa de Hang. Tal operação resultou em atuação da empresa, por parte da Receita Federal, R$ 117 milhões (à época, esta foi a maior autuação feita pela RF em todos os tempos e governos), e 10 milhões pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. A empresa recorreu da decisão administrativa e obteve suavíssimo parcelamento da dívida: 115 anos para pagar.

 

"Em 2004, o Ministério Público Federal propôs ação penal contra 14 pessoas, dentre os quais Luciano Hang, sob acusação de facilitação de descaminho, falsificação, crime contra o sistema financeiro e ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha” (Wikipédia - verbete "Luciano Hang").

 

Ao lado de Bolsonaro, nas comemorações do 7 de Setembro, não havia um único quilombola, um único pobre (preto ou branco), um único reitor de universidade federal ou escola técnica, um único representante dos indígenas, um único representante dos trabalhadores, um único representante dos professores...

Só havia golpistas, apologistas da tortura, das armas de fogo e de ditaduras sanguinárias; e os generais do Planalto, que ganham três vezes mais que o teto constitucional (cem vezes mais que o salário mínimo, que é o salário de 100 milhões de brasileiros!).

A resposta do Brasil e dos brasileiros virá no dia 2 de outubro!

 

(*) Arialdo Pacello, advogado e servidor público aposentado do Banco do Brasil

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