Rio de Janeiro: Bala Perdida ou Bala Achada ?
Problema que acomete o Brasil, especialmente o Rio de Janeiro, que remonta período após a própria Guerra do Paraguai, 1864, em que as Tropas combatentes, de volta à Capital do Império, não tiveram onde ser alocadas, e a Abolição da Escravatura, 1888, sem que, nem por que, feita as turras, sem destinação social ou apoio para os contingentes que se viram, de súbito, libertos, gerando a ocupação avacalhada das Encostas e Morros do Rio de Janeiro, a Linha Vermelha, a Linha Amarela e a Avenida Brasil, principais vias de deslocamento e acesso ao Rio de Janeiro, estiveram fechadas, essa semana, no entorno da Favela da Maré, e análogas.
Por : Pettersen Filho
Questão tratada pelo próprio Rei Dom João VI, desde a sua chegada, em 1808, ao criar o Jardim Botânico, preservando a cobertura vegetal da Capital Carioca, proibindo fazendas de café, e a ocupação das Encostas, a derrubada da Mata Atlântica, e a urbanização desenfreada dos Morros da Cidade, por séculos seguidos, normalmente realizada por população miserável e negra, aliada a uma Política negligente de exclusão social, por anos e regimes a fio, desde o Império e a República, passando mesmo pelo Regime Militar, sem o devido enfrentamento, geraram, por ultimo, devido ao atual desgoverno e a crise econômica gritante, irmãos siameses da corrupção sistêmica, tanto da classe política, como no seio das organizações encarregadas da segurança, ambiente propício para o atual caos em que vive, muito especialmente, o Rio de Janeiro, em maior proporção, bem como as demais capitais brasileiras, tomadas por favelas, ônibus incendiados, bala perdida e milícias armadas.
Dilema que não sairá, definitivamente, do nosso cotidiano, se não, com a mais completa, e simples, remoção daquele contingente populacional dos Morros e Mangues, devolvendo a Cidade para seus cidadãos, e a Flora Vegetal anterior, Mangues e Arvores, deixando como legado a Cidadania aos atuais residentes dos chamados Complexos Urbanos, ou Favelas, como queiram chamar, política severa e rude a ser levada, criando assentamentos, zonas residenciais, comerciais e industriais, na Baixada Fluminense, a ser implementada durante décadas, coisa somente admissível à um Estado, ou Governo, Forte e determinado, a não solução do Problema, transformará, como e fato, o Brasil em um celeiro de Marginalidade, AR 15 e Bala Perdida, nesse caso, "Bala Achada", no corpo ao acaso de um dos transeuntes que ouse cruzar a Linha Tênue Vermelha, entre o Estado Justo, ou Injusto em que nos habilitamos em viver.
Será ?
Antuérpio Pettersen Filho, membro da IWA - International Writers and Artists Association, é advogado militante e assessor jurídico da ABDIC - Associação Brasileira de Defesa do Individuo e da Cidadania, que ora escreve na qualidade de editor do periódico eletrônico "Jornal Grito do Cidadã", sendo a atual crônica sua mera opinião pessoal, não significando necessariamente a posição da Associação, nem do assessor jurídico da ABDIC
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Foto https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro#/media/File:UFRJ-Praia_Vermelha.jpg
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