Brasil: Quem é o candidato do PSOL?

Plínio Soares de Arruda Sampaio (São Paulo, 26 de Julho de 1930) é um intelectual e ativista político brasileiro, filiado ao PSOL e pré-candidato à Presidência da República. Foi promotor público, deputado federal constituinte e atualmente preside a Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA), além de dirigir o semanário Correio da Cidadania.

Entrada na vida pública

Durante o governo de Carvalho Pinto do Estado de São Paulo, Plínio foi indicado para a subchefia da Casa Civil. Em 1959, um ano após a eleição de Carvalho Pinto, Plínio tornou-se coordenador do Plano de Ação do Governo, função que ocupou até 1962. Ainda no governo Carvalho Pinto, foi secretário dos Negócios Jurídicos, e entre 1961 e 1962 chegou a trabalhar na prefeitura da cidade de São Paulo como secretário do Interior e Justiça.

Em 1962, foi eleito deputado federal pelo Partido Democrático Cristão e tornou-se membro da Comissão de Economia, da Comissão de Política Agrícola e da Comissão de Legislação Social. Principal liderança da ala esquerda do PDC, foi relator do projeto de reforma agrária, que integrava as reformas de base do governo João Goulart. Criou a Comissão Especial de Reforma Agrária e propôs um modelo de reforma que despertou a indignação dos grandes latifundiários do Brasil.

Após o golpe de 1964 foi um dos 100 primeiros brasileiros a terem seus direitos políticos cassados por dez anos, pelo Ato Institucional nº 1, nos primeiros dez dias do regime.

Exílio e entrada no MDB

Exilou-se no Chile onde morou por seis anos, trabalhando como funcionário da FAO. Tranferiu-se para Estados Unidos da América em 1970, onde trabalhou no Programa FAO/BID, em Washington D.C., antes de cursar o mestrado em Economia Agrícola na Universidade Cornell. De volta ao Brasil em 1976, foi professor da Fundação Getúlio Vargas, fundou o Centro de estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e engajou-se na campanha pela abertura do regime militar e pela anistia dos condenados políticos. Ao lado de outros intelectuais do Cedec e do Cebrap, idealizou um partido à esquerda do MDB e, para isso, ao lado de Almino Affonso, Francisco Weffort e Fernando Henrique Cardoso, articulou-se com líderes emedebistas como Marcos Freire e Jarbas Vasconcelos. Paralelamente, Plínio, Weffort e Almino lançaram a candidatura de Fernando Henrique para o Senado pela sublegenda do MDB. O acordo entre eles era de construir um novo partido de esquerda, se Fernando Henrique ganhasse mais de um milhão de votos.

Na concepção de Plínio, a nova agremiação seria um partido democrático e de massas com base popular e programa socialista, organizado em núcleos de base. Porém, a idéia de criar um novo partido foi abortada pela mudança de planos de Fernando Henrique, que, após se eleger suplente de senador pelo MDB em 1978, declarou como prioridade o fortalecimento da legenda, apesar do compromisso firmado com Plínio, Almino e Weffort de construir um novo partido. Fernando Henrique chegou a receber 1.600.000 votos, derrotando o candidato da Arena Cláudio Lembo, assim conquistando a suplência do senador eleito Franco Montoro. Embora tivesse combinado com Plínio de construir um partido socialista, caso atingisse a marca do milhão de votos, o que demonstraria viabilidade eleitoral de candidatos de esquerda, Fernando Henrique alegou que, se cumprisse o combinado, estaria encorajando o divisionismo. Plínio, perplexo com a inversão de prioridades do colega, rompeu com o MDB.

A fundação e trajetória no PT (1980-2005)

Decepcionados com a atitude de Fernando Henrique, Plínio e Weffort entraram para o Partido dos Trabalhadores em 1980, data da fundação dessa agremiação de orientação socialista. Plínio foi o autor do estatuto do partido e um dos idealizadores do seus núcleos de base. Em 1982, candidatou-se a deputado federal por São Paulo, tornando-se primeiro suplente. Posteriormente viria a ocupar o cargo, quando o deputado Eduardo Suplicy se afastou do parlamento para disputar a prefeitura de São Paulo.

Em 1986, Plínio Sampaio foi eleito deputado federal constituinte, com 63.899 votos, tendo sido o segundo mais votado do PT (depois de Luiz Inácio Lula da Silva) e o 27º mais votado de São Paulo. Como deputado constituinte ficou nacionalmente conhecido ao propor e defender um modelo constitucional de reforma agrária, que visava acabar com os Latifúndios; além disso, tornou-se o único deputado petista a presidir uma Comissão de Trabalho.

Durante a Assembleia Nacional Constituinte, foi membro da Comissão de Redação, da Comissão de Sistematização, da Comissão da Organização do Estado e da Subcomissão de Municípios e Regiões, que presidiu. [2] Fez parte do bloco suprapartidário de articulação da Igreja Católica, como membro da Comissão de Acompanhamento da CNBB na Constituinte. Foi ainda vice-líder da bancada do PT em 1987, e substituiu Luís Inácio Lula da Silva na liderança do partido, em 1988 no mesmo ano disputa as prévias internas no PT para sair candidato a prefeitura de São Paulo sendo Derrotado por Luiza Erundina, exercendo a função de vice - líder petista até 1990.

Candidatou-se a governador do Estado de São Paulo, pelo PT., em 1990. Após desligar-se do Partido dos Trabalhadores, do qual foi um dos fundadores e histórico dirigente, ingressou no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Em 2006, foi candidato do PSOL agovernador do Estado de São Paulo.

Pré-candidato a Presidência da República (2009).

Durante o II Congresso do PSOL, o deputado estadual Raul Marcelo lançou a pré-candidatura de Plínio à presidência da República, com o propósito de construir um programa que sirva para lutar contra os efeitos da crise econômica sobre os trabalhadores e pela unidade da esquerda socialista contra o capital.

Raul Marcelo também defendeu um partido de militantes nucleados, com autonomia de classe, que não receba recurso dos patrões, com uma política clara de alianças de classe com PCB e PSTU e não com o PV. “E não podemos terminar este Congresso sem uma candidatura à Presidência da República. Respeitamos a posição da companheira Heloísa Helena, mas diante da falta de uma candidatura, um companheiro que viveu a ditadura Vargas e que hoje é referência na luta pela reforma agrária no país colocou seu nome à disposição do partido, porque o PSOL não pode abrir mão desta disputa. E este companheiro é Plínio de Arruda Sampaio”, anunciou.

Dias depois foi apresentado um manifesto com centenas de assinaturas em apoio a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio. O conteúdo na íntegra pode ser encontrado no site http://pliniopresidente.com . Até o momento, entre milhares de pessoas, filiadas ou não ao PSOL, que já aderiram à pré-candidatura, há Fábio Konder Comparatto, José Arbex Jr, Dom Cappio, Dom Tomás Balduíno, Carlos Nelson Coutinho, Leandro Konder, Virgínia Fontes, Vito Letízia, Ivan Valente, Rosa Marques, Marcelo Freixo, Gilberto Maringoni, João Alfredo, João Machado, Chico de Oliveira, Ricardo Antunes, Chico Alencar, Raul Marcelo, José Nery, Milton Temer, Arthur Moreira, Fernando Silva "Tostão", Sandra Feltrín, entre outras pessoas com histórica trajetória na esquerda brasileira. E, inclusive tem apoio internacional, como István Mészáros e Françóis Chesnais. Teve o apoio de 5 das 8 Tendencias Internas do PSOL que constam no Link do Site do Partido que é o www.psol-nacional.org.br . O MES e o Poder Popular, apoiaram a pré-candidatura de Martiniano Cavalcanti Netto., de Goiás e a CST., que apoiou a Pré-candidatura do Babá. O Babá na realização da III Conferencia Nacional do PSOL retirou a sua pré-candidatura em apoio ao Plinio.

Desde 1996 é diretor do jornal Correio da Cidadania, veículo de imprensa independente da cidade de São Paulo.

Fernando Batista Berni

é Presidente do P-SOL 50 em São Luiz Gonzaga., R/S., BRASIL ...

MSN: [email protected]

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey