Empresário Oscar Maroni Filho, dono do clube Bahamas, deixou a prisão nesta terça-feira, (02). Detido desde 14 de agosto, Maroni responde a processo por favorecimento à prostituição, tráfico interno de mulheres, exploração de prostíbulo e formação de quadrilha.
Apesar das orientações de seu advogado, José Thales Sólon de Mello, de evitar grande manifestações que prejudiquem sua defesa, o empresário convocou uma entrevista coletiva para comentar a prisão. O palco do discurso foi o próprio Bahamas, um dos principais motivos da briga entre o empresário e o prefeito Gilberto Kassab e o Ministério Público. Maroni teve sua prisão preventiva decretada a pedido do Ministério Público Estadual, que o acusa de favorecimento e exploração da prostituição, formação de quadrilha e tráfico de pessoas.
Maroni disse que não se sente injustiçado e que foi bem tratado durante todo o período em que esteve preso.
Nesta terça-feira, ele obteve um habeas-corpus que permite que o empresário aguarde julgamento em liberdade. Se for condenado, Maroni pode pegar pena de oito a 21 anos de prisão.
Questionado sobre uma possível candidatura à prefeitura de São Paulo, o dono do Bahamas afirmou que vai discutir o assunto na próxima segunda, mas que há tem três partidos interessados nele. Ele garantiu que pretende administrar a cidade do mesmo modo que administra sua empresa.
Segundo o erstado de São Paulo, para o promotor José Carlos Blat, que abriu o inquérito contra Maroni, a liberdade provisória não minimiza a gravidade da denúncia. É um direito dele, conseguiu esse benefício judicialmente e se cometer alguma afronta à ordem pública, às testemunhas, à preservação das provas, o habeas-corpus pode ser cassado. Só depende do comportamento dele.
Blat contou que Maroni depôs no processo na semana passada, sustentando que o Bahamas era na verdade um balneário, e não um prostíbulo. Na quinta-feira o promotor tem audiência com as testemunhas do processo. Se for condenado pelos quatro crimes dos quais é acusado, Maroni pode pegar uma pena de 8 a 21 anos de prisão.
Segundo Mello, Maroni tentará agora a liberação do Bahamas e do Oscars Hotel. Após o acidente com o Airbus A320 da TAM, em julho, o prédio do hotel foi lacrado por Kassab. Construído como se fosse um prédio comercial, o local era um flat residencial.
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