Sônia e Estevam Hernandes, o casal fundador da Igreja Renascer, confessaram hoje (08) serem culpados por contrabando de divisas para os Estados unidos, em audiência realizada em Miami, informa Agência Estado. A confissão fez parte de um acordo com as autoridades americanas.
O casal foi preso no dia 9 de janeiro, quando chegavam aos Estados Unidos tentando entrar com US$ 56 mil não declarados, sendo US$ 9 mil dentro de uma Bíblia.
O casal admitiu culpa por dois crimes: conspiração para contrabando de divisas, uma vez que ambos sabiam da irregularidade; e contrabando de divisas propriamente dito. Sônia e Estevam agora aguardarão a sentença, que vai ser anunciada em 7 de agosto. Até lá, os dois, que usarão um dispositivo eletrônico, permanecerão em prisão domiciliar em Boca Raton, ao norte de Miami, onde têm uma casa.
É possível que, em virtude do acordo, o juiz emita uma condenação menor do que a sentença máxima - de 10 anos de prisão - prevista para o time de crime que o casal cometeu.
Depois de cumprirem a sentença emitida por Moreno, Sônia e Estevam serão deportados.
Mas, por terem admitido sua culpa e demonstrado arrependimento, circunstâncias atenuantes, a pena deve ser bastante reduzida pelo juiz.
Marcha - "Sim, culpado", foi o que os dois disseram em português em audiência na Justiça americana. Em troca da confissão, ficam dispensados de ir a julgamento no qual, pela legislação americana, poderiam ser condenados a até dez anos de prisão. O casal se recusou a fazer comentários. Sonia e Estevam também são acusados pela Justiça brasileira de roubar as doações dos fiéis para uso próprio. Eles são processados por lavagem de dinheiro, fraude e evasão de dívidas.
A Igreja Renascer foi fundada em 1986, possui mais de 11.200 templos no Brasil e também tem sedes em Orlando, Deerfield Beach e Boston. O império do casal ainda conta com jornais e rede de televisão e de rádios. Em prisão domiciliar em Miami, Sônia e Estevam interagiram com o público da Marcha para Jesus, realizada na quinta-feira, 7, em São Paulo. Eles apareceram em telões instalados pela organização da Marcha e, através de uma transmissão via satélite, pediram animação aos participantes.
Participantes do evento passavam uma lista com um abaixo-assinado pedindo que o casal fosse solto e retornasse ao País. O documento não tem valor jurídico.
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