A Bulgária exigiu que a Comissão Europeia adiasse o embargo ao fornecimento de petróleo russo. Isto foi declarado pelo Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças do país, Asen Vasilev.
"As negociações sobre o petróleo estão actualmente em curso, queremos estar entre os Estados a quem será concedido um adiamento da imposição da proibição do petróleo russo. Se (o adiamento não for concedido), então não apoiaremos as sanções, sim, (vetaremos). No entanto, acredito que não chegará a esse ponto", disse Vasilev.
"A Bulgária agarra-se aos seus próprios interesses, não olha para os interesses da Rússia ou de qualquer outra pessoa. Se há excepções ao embargo petrolífero para alguns países, então devemos estar neste grupo, se vai haver outra coisa, então isto é manipulação", disse a TASS, citando o vice-primeiro-ministro.
Recordar que entre os países aos quais a Comissão Europeia está disposta a conceder um adiamento do embargo anteriormente denominado Hungria, República Checa e Eslováquia. Ao mesmo tempo, a Bulgária expressou um desejo semelhante. Contudo, não há informação de que Bruxelas esteja disposta a fazer concessões às autoridades búlgaras.
Vale a pena notar que, a 8 de Maio, ficou conhecido que os pós-presidentes da UE não tinham chegado a um acordo sobre o embargo petrolífero contra a Rússia. As negociações sobre o assunto têm estado em curso há vários dias, mas até agora têm sido inconclusivas.
A Comissão Europeia afirma que ainda está a trabalhar nas garantias de segurança de aprovisionamento de petróleo para os Estados que se encontram numa "situação especial" devido à sua dependência do aprovisionamento de petróleo russo. E dizem que foram feitos progressos consideráveis na discussão de propostas de compromisso a este respeito.
Entretanto, a 8 de Maio, a Casa Branca emitiu uma declaração de que os países do G7 se tinham comprometido a rejeitar gradualmente as importações de petróleo russo ou a impor-lhe um embargo.
"Os países do G7 tencionam 'deixar de importar petróleo russo e reduzir a dependência da energia russa'", diz a declaração.
Aqui, contudo, vale a pena recordar uma declaração de Mohammed Barkindo, Secretário-Geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Segundo ele, não há capacidade disponível no mundo para substituir os volumes de petróleo fornecidos pela Rússia.
"Obviamente, as exportações russas de petróleo e produtos petrolíferos de mais de sete milhões de barris por dia não podem vir de nenhum outro lugar, simplesmente não há capacidade disponível. A sua perda potencial devido a sanções ou restrições voluntárias será definitivamente sentida pelo mercado energético", sublinhou Barkindo.
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