Cresce angústia por submarino desaparecido da Argentina
Buenos Aires, (Prensa Latina) Estamos à espera, é a frase que mais repetem hoje os argentinos "à espera de notícias sobre o submarino ARA San Juan", desaparecido há seis dias com 44 tripulantes a bordo.
Numa corrida contra o tempo foi despregar um mega-operativo encabeçado por especialistas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Brasil, Uruguai, Peru e Chile que participam na busca do navio submersível do que se perdeu contato quando viajava desde Ushuaia para o Mar de Prata.
Até o momento nada se sabe. As autoridades informaram a véspera que depois de analisar a assinatura acústica de uma gravação com um ruído dentro da área de operações se chegou à conclusão de que não corresponde ao submarino e pode ser ruído biológico.
Assim o confirmou à imprensa nas últimas horas o porta-voz da Armada, Enrique Balbi. 'É um ruído contínuo, constante, que poderia chegar a ser ruído biológico', disse.
Hoje três navios farão uma busca mais detalhada pela área onde se detectou o som, à altura de Península de Valdés, a 360 quilômetros da costa, onde a profundidade média é de 200 metros.
A Armada assinalou ontem que 'se pesquisaram todos os sinais no espectro da área de operações. Têm analisado 400 sinais radioelétricos na frequência de comunicação por satélite. Teve sete tentativas, mas não correspondem ao submarino'.
Equipas de última geração e o mais inovador da tecnologia disponível, 15 meios aéreos e 17 navais e centos de marinhos e especialistas trabalham as 24 horas pese ao tempo adverso que tiveram que enfrentar com ondas de até seis e oito metros de altura num rádio de busca.
A esperança e solidariedade sentem-se nesta terra com o apoio de vários países que se uniram à missão para encontrar ao submersível, enquanto muitos compatriotas rogam que o mar desta nação austral lhes traga de volta aos 44 marinhos pelos que hoje muitos rezam.
O submarino ARA San Juan serve na Armada desde 1985, é de propulsão diesel elétrica convencional com sistema snorkel, concebido para ataques contra forças de superfície, submarinos, tráfico mercante e operações de minado.
Seu contato perdeu-se à altura de Porto Madryn, 432 quilômetros mar adentro, e nele viaja, entre outros, a tenente Eliana Krawczyk, primeira mulher submarinista com grau de oficial em Argentina.
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