A portuguesa petrolífera Galp Energia e a Petróleos da Venezuela (PDVSA) assinam hoje um acordo de parceria, aquele que foi celebrado em Outubro entre duas empresas para o gás natural. Segundo Diário de Notícias, trata-se do terminal de liquefacção de gás que a PDVSA pretende instalar no Complexo Industrial Gran Mariscal Ayacucho.
O presidente da comissão executiva da Galp Energia, Ferreira Oliveira, já garantiu que a petrolífera se sente muito bem na Venezuela e afirmou que pretende ser cliente da russa Gazprom, recusando comentar as declarações feitas pelo embaixador dos Estados Unidos da América em Portugal. Alfred Hoffman ao considerar que as alianças da Galp Energia com a Gazprom e com o regime de Chávez podem vir a ser perigosas.
Para a Galp esta nova unidade representa a entrada num negócio interessante, dada a escassez de capacidade de transporte e falta de unidades de liquefacção no mundo, mas também significa uma garantia de aprovisionamento de gás.
A assinatura do acordo, que decorre paralelamente à visita de hoje do presidente venezuelano, Hugo Chávez, a Portugal, será feita na presença do ministro da Economia, Manuel Pinho, e do ministro dos Petróleos da Venezuela, Rafael Ramirez, que por sua vez é também o presidente da companhia estatal de petróleos do seu país.
Este é apenas um primeiro passo num processo de cooperação que a Galp e a Petróleos da Venezuela já assumiram que pretendem desenvolver. Segundo o ministro dos Petróleos da Venezuela, o conjunto de projectos que as duas empresas poderão desenvolver permitirão a Portugal satisfazer 30% das necessidades petrolíferas portuguesas .
O tema oficial do encontro de Chávez com Sócrates será a situação da comunidade portuguesa na Venezuela, mas ninguém acredita que os dois deixem de falar de negócios.
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