O banco Northern Rock do Reino Unido é a primeira vítima da crise no mercado de crédito hipotecário de alto risco nos EUA . Desde o sábado ( (15) formaram-se enormes filas junto ao banco para retirar suas poupanças.
Os clientes temem pelas suas poupanças e retiraram 2 mil milhões de euros do banco, correspondente a 4 ou 5% dos depósitos totais do quinto maior banco britânico. O pânico começou quando, numa medida inédita em 30 anos, o Banco de Inglaterra teve que injectar fundos no Northern Rock para permitir a sua solvência, depois dos bancos comerciais se terem recusado a fazê-lo. O Independent compara esta situação ao sucedido nos EUA depois do grande crash de 1929.
Com as suas dificuldades a aumentarem, e perante a recusa de outros bancos comerciais em emprestarem dinheiro precisamente devido à incerteza produzida pela crise dos créditos de alto risco nos EUA, o Banco de Inglaterra tomou uma medida inédita em 30 anos, injectando fundos no Northen Rock e permitindo a sim a sua solvência.
Mas esta intervenção estatal amplificou a notícia de que o Northern Rock estava em dificuldades e gerou o pânico. Milhares de clientes formaram filas enormes para retirarem as suas poupanças do Banco. A confusão gerada levou em algumas situações à intervenção da polícia. No total foram 2 mil milhões de euros, entre 4 a 5% do total de depósitos do Northern Rock. Em paralelo as acções do banco cairam mais de 30% na Bolsa de Londres.
Para o jornal Daily Telegraph o Primeiro Ministro Gordon Brown "deve assumir as responsabilidades por esta bolha imobiliária: durante os 10 anos em que esteve no Ministério das Finanças, felicitou-se por uma falsa prosperidade, que se devia não a um aumento da produtividade, mas sim aos preços das casas"
A crise que afectou agora o Northern Rock tem uma história. Segundo o Vermelho,todo o processo começa no fim de 2006 nos Estados Unidos devido às dificuldades experimentadas pelas instituições financeiras especializadas na distribuição de créditos imobiliários de risco, os chamados subprime mortgage, empréstimos a pessoas de baixos rendimentos ou que têm um histórico de não cumprir os seus compromissos financeiros.
Muitas destas pessoas viram-se em dificuldades de pagar os empréstimos. Estas quebras de pagamento provocaram, por sua vez, dificuldades nas insttituições que tinham feito os empréstimos. Estas tinham "titularizado" demais estes créditos, isto é, tinham-nos transformado em obrigações vendidas a investidores do mundo inteiro, que se viram presos na armadilha. Foi o caso do banco francês BNP Paribas, que anunciou, em 9 de Agosto, o congelamento do seu fundo Sicav, que tinha investido maciçamente em títulos ligados a este mercado de risco americano.
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