Um Desafio... Uma Pergunta

Um Desafio... Uma Pergunta

Quando menos dermos por tal, estamos em campanha eleitoral. Aproximam-se as Europeias, a terem lugar entre 23 e 26 de Maio, de 2019, para as da Assembleia da República em Setembro/Outubro do mesmo ano e lá para mais adiante nos mesmos meses do ano 2020, as eleições para a chamada Assembleia Legislativa dos Açores. Certamente que a revisão constitucional que permitirá mendigar a criação de partidos legitimamente açorianos ainda demorará ou nunca sucederá e perante as  movimentadas acções políticas que por cá se fizeram sentir por parte do PS e do PSD, fazem-nos reflectir se, não está na altura de os açorianos porem mãos à obra na formação de um partido político de índole "regionalista" embora subjugados à malfadada lei que proíbe a sua verdadeira designação.

A criação de um partido, a exemplo de um que já existiu e que o poder instituído tudo fez para eliminar da cena política nacional. que, com a sua sede nos Açores funcionasse no sentido da defesa intransigente dos mesmo e das suas gentes como "Povo" consagrado pelos nossos antanhos, políticos, escritores e poetas que levaram longe o nosso nome.

Saudosismo? Não, de maneira nenhuma. Apenas tomar o lugar de quem no momento não tem voz nem acção para praticar uma cidadania activa no campo político no colectivo.

Urge uma voz e uma acção que seja politicamente incómoda para o poder instituído e para os que fazem de conta que... mas, são apenas instrumentos de forças obscuras que tentam desacreditar o ideário e o sentir açórico que alimenta o gosto, o prazer, de quando nos pergunta de onde somos enchermos o peito dizendo: -  dos "Açores", sou açoriano.

Não demora que não tenhamos por aí mais uma sucursal política de um partido português de sua graça "Aliança", virá com quanto tempero nacionalista e quiçá colonialista a exemplo do que por cá abunda.

Açorianos, permitem que vos pergunte. Onde estão?

Um partido político, é um instrumento importante e útil à prestação da cidadania activa, empenhada no esclarecimento de todos, e não de uns quantos convencidos de serem possuidores da verdade.

Não fosse de propósito e, pasmai açorianos, pasmai, com a proposta do PS de um voto de congratulação, de alegria saloia, apresentado na Assembleia Legislativa dos Açores pelo aumento de transferências "previstas" para 2019 e a "atenção" que o Governo da República dispensou ao arquipélago dos Açores na sua proposta de OE, que permitirá "algumas" obras fundamentais para a região. Propositadamente, destacamos com o negrito as duas palavras chave que, não devemos deixar de ter em atenção, pela dissimulação da intenção das mesmas. Loas de quem em servilismo aos patrões, sediados no que gostam de chamar de continente, esperam (no caso presente), a recompensa num futuro plebiscito eleitoral. Tenhamos em atenção o elogio aos deputados do PS nos Açores com assento na Assembleia da República pelo trabalho na preparação da proposta do OE (português) em prol do desenvolvimento dos Açores e de Portugal (também a negrito)

 

Esqueceram-se de referir que, se na possível concretização de algumas obras necessárias para os Açores, estará incluída a "Casa de Autonomia" prevista pela ministra da Justiça, que desconhecerá certamente, que já temos a "Casa da Autonomia" de Luísa César.

De registar e, daí tirar as conclusões à votação da proposta por parte dos pares na ALA. Voto favorável do PS, as abstenções do PSD e dos BE e PCP (membros da geringonça) e o voto contra do PPM.

Não será que o nosso desafio, e a nossa pergunta, têm uma razão de ser?

Não será, que o reforço previsto nas transferências do OE para os Açores de 285,2 milhões de euros, não traduz aquilo que o estado português prevê ganhar com o nosso capital próprio, a exploração do nosso Mar e do nosso Espaço Aéreo?

                                        "Erramos ao esperar muito de quem nada tem para oferecer"

 

José Ventura

Ribeira Seca - RGR - 2018-10-19

Por opção o autor escreve no português pré-acordo

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey