Sábado 14 de março, 21h30, centro social e cultural de Aradas
Ser futura mamã não é tarefa fácil!
Ao contrário do que acontece com grande parte das grávidas, o meu estôma- go não me fez devolver a comida. No entanto, a minha cabeça fez sair cá para fora algumas ideias que inspiraram esta criação e que foram desenvolvidas colectivamente com todos os criadores do espectáculo.
Quisemos partir das situações vividas por mim, e pela maioria das mamãs de todo o mundo, para depois as elevar a um universo cómico e poético, capaz de transmitir aspectos genuínos da natureza humana.
Com esta peça, queremos fazer a nossa pequena homenagem a todas as mamãs e papás também, já agora que têm confiança e força para trazer vida a este planeta, que é grande, mas actualmente não nos parece mesmo gran- de coisa.
Pretendíamos que em qualquer sítio geográfico ou cultural, os homens e as mulheres se rissem connosco das coisas que há que passar para fabricar um bebé. Coisas que nos transformam a nós, mulheres grávidas, em seres desesperados, absurdos, mas sempre com uma essência muito terna que nos pro- tege e ilumina por onde quer que passemos.
Diz a ciência que o sentido de humor assim como a criação artística são ins- tintos característicos da nossa espécie.
O humor e a poesia podem ser uma forma de luta e um sopro de positivismo, num planeta onde a Vida continua a sucumbir pela falta de alimento, pelo excesso de bombas e pelas moedas mal distribuídas. Uma luta bem disposta, que apela à nossa humanidade mais pura e verdadeira. Para lembrar aos se- nhores que mandam nas bombas, na comida e nas moedas, que nós, mulhe- res e homens, aparentemente anónimos de todo o mundo, existimos, senti-mos, pensamos e logo rimos...
E estamos a multiplicar-nos!
Mamã
Criação: PERIPÉCIA TEATRO
Interpretação:
Noelia Domínguez e Luis Filipe Santos
Sonoplastia:
Pedro Cabral, Paulo Almeida e Paulo Araújo
Fotografia de Cena: Miguel Meireles
Iluminação: Ángel Fragua e Paulo Neto
Figurinos: Noelia Dominguez
Cenário e tratamento de adereços: Zétavares
Assistência de Direcção: Sérgio Agostinho
Direcção: Ángel Fragua
Co-produção:
Peripécia Teatro e Teatro de Vila Real
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