Olimpíada de Língua Portuguesa é lançada em Belém

Garantir que as crianças aprendam a ler, escrever e compreender um texto parece fácil, mas há anos o Brasil se coloca diante do desafio de melhorar o ensino e o aprendizado da língua portuguesa. A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro se assemelha a um concurso, mas na verdade é uma estratégia didática que envolverá seis milhões de estudantes em 4.450 municípios de todo o país.


Para garantir a adesão dos estados e municípios da região Norte à iniciativa, o Ministério da Educação e seus parceiros realizaram nesta terça-feira, 11, na Igreja Santo Alexandre, em Belém (PA), o lançamento regional da Olimpíada de Língua Portuguesa. Professores e secretários municipais de educação do Amazonas, Rondônia, Acre, Pará, Roraima e do Pará receberam explicações detalhadas sobre a olimpíada, que tem como foco a formação de professores.


A olimpíada ultrapassa o conceito de competição, explicou a diretora de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e de Tecnologias para a Educação Básica do Ministério da Educação, Jeanete Beauchamp. “É uma iniciativa de formação que deve atingir 80 mil escolas da educação básica e 200 mil professores em todo o país”, disse. Os professores que participam da olimpíada desenvolvem atividades didáticas durante as aulas de português, o que permite que todos os alunos recebam formação e os professores entrem em contato com materiais desenvolvidos por especialistas no ensino da língua portuguesa.


A inspiração para a nova política pública do MEC vem do Prêmio Escrevendo o Futuro, desenvolvido desde 2002 pela Fundação Itaú Social e pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Centec). Para a professora Maria do Socorro Fraga, do município de Augusto Correia (PA), que participou do prêmio em 2004, o contato com o material didático foi um divisor de águas na sua carreira. “Essa iniciativa mudou minha atitude como professora. Eu aprendi a diagnosticar os alunos com dificuldades e intervir no sentido de ensiná-los a melhorar”, relatou.


Ao todo, sete universidades são parceiras do MEC na elaboração do material e na orientação dos professores, que dispõem de uma página eletrônica para trocar informações. E na execução da olimpíada, o ministério trabalha em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centec.


Adesão — O lançamento da olimpíada na região Norte marcou a adesão do Pará. Para a secretária de educação do estado, Iraci Gallo, os gestores educacionais devem encarar a divulgação desta nova política como dever de ofício. “Estamos diante da possibilidade de difundir o domínio da língua pátria e com isso garantir a cidadania dos nossos jovens.” Os 143 municípios do Pará mandaram representantes ao evento.

O tema da olimpíada, O Lugar onde Vivo, explica Iraci Gallo, estimula a interação entre escola e comunidade. Para que as redes participem, os secretários estaduais e os dirigentes municipais devem assinar termos de adesão. Na avaliação de Jeanete Beauchamp, a olimpíada é um passo importante para elevar a qualidade da produção de textos no país. “É preciso dominar a escrita e a leitura para se ter acesso a todas as áreas do conhecimento”, disse.


Ana Guimarães/MEC

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey