O homem-aranha, Riquelme Wesley dos Santos, de 5 anos, sem tirar a blusa do herói preferido, não pára um minuto. Muito menos para dar entrevistas e repetir mais uma vez a história que o projetou da pequena Palmeira, em Santa Catarina, para todo o Brasil, escreve G1.
Na sexta-feira (9), o menino entrou na casa em chamas de uma vizinha, e salvou a filha dela, de 1 ano e 10 meses. Segundo os bombeiros, na hora ele teria gritado que é o homem-aranha.
Não tive medo. Fui lá e entrei. Só na hora que peguei ela (sic) fui pensar, diz Riquelme, que está em São Paulo nesta segunda-feira (12). A dona-de-casa Sônia Mara Abreu dos Santos, de 47 anos, avó do menino, relata que o neto é muito agitado. "Ele chegou, acabou o sossego", conta.
A dona-de-casa diz que o incêndio na casa da vizinha não foi a primeira experiência de Riquelme com fogo. Quando tinha três anos, pôs fogo no guarda-roupa. Mas ele nunca se queimou, nem um dedinho. Talvez se tivesse sentido a dor, não teria entrado, pondera.
Mas a avó reconhece a coragem do neto. Se ele não tivesse ido lá, a menina tinha morrido, relata.
A camisa do homem-aranha, Riquelme ganhou quando era mais novo. Ele tinha uns três ou quatro anos. Foi ele que pediu, conta a tia, Sandra Mara dos Santos, de 22 anos. Ela conta que o menino sempre usa a blusa, principalmente para brincar.
Fã do herói da Marvel já vi todos os filmes, diz - ultimamente Riquelme têm tido que aprender a lidar com os próprios fãs. É legal, comenta, sucinto, depois que a tia conta que no aeroporto, a caminho de São Paulo, o menino foi reconhecido e até tirou fotos.
A pequena família se prepara para voltar nesta tarde ao sítio onde vive. Riquelme diz que não sabe o que vai ser quando crescer. Ainda é cedo para se preocupar. O que ele quer agora é voltar à vida normal. Não que vá deixar os holofotes. A professora diz que ele é bem participativo, diz a tia. Ele podia ser um pouco mais tímido, suspira a avó.
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