No Brasil, 150 mil pessoas são mordidas pelos animais de estimação todos os anos. Em mais de 70% dos casos, as mordidas dos cães atingem o rosto.
"As piores conseqüências ocorrem quando a vítima é criança, o que representa 60% das ocorrências. Assim como as ensinamos a tomar precauções quando andam de patins ou bicicleta, devemos preveni-las sobre os riscos de se aproximarem muito dos animais, mesmo os de estimação", afirma o cirurgião plástico Robert Jan Bloch segundo agência BRPress
Bloch diz que nariz, boca e bochecha são os principais alvos dos cachorros quando atacam. "Quando um cão morde uma pessoa no rosto, principalmente uma criança, como a pele é mais fina e vascularizada, acaba provocando sérias deformidades."
O cirurgião plástico alerta que, assim que sofre a mordida, a pessoa precisa ser protegida contra infecções, como o tétano. "Além disso, o tecido dilacerado deverá ser retirado e reconstruído via cirurgia. As cicatrizes são inevitáveis e podem ser necessárias novas intervenções até ficarem quase imperceptíveis."
Em caso de ataque inevitável, Robert Jan Bloch lembra que a pessoa não deve sair correndo, mas enrolar-se como uma bola, em posição fetal, e permanecer assim, com o rosto protegido, até que alguém venha em seu socorro.
Por isso, o especialista dá cinco dicas para evitar acidentes com animais de estimação:
- Evite aproximar seu rosto ao focinho de qualquer cachorro
- Não se aproxime de um cão estranho nem ignore avisos de que um cão é bravo e representa perigo.
- Nunca leve seu cachorro para passear sem coleira e, se for de grande porte, coloque a focinheira no animal antes mesmo de sair de casa.
- Nunca perturbe um cão que está dormindo, comendo ou brincando com seus pertences.
- Certifique-se de que seu cão está com todas as vacinas em dia.
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