O óleo de palmeira, de amendoim, de sementes de abóbora pode em breve começar a gerar eletricidade que ajudaria acionar redes de telefonia móvel em toda a África, sob um plano de substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis sustentáveis extraídos de safras cultivadas por agricultores locais.
A gigante sueca das telecomunicações Ericsson e a operadora sul-africana de telefonia móvel MTN anunciaram na quarta-feira que querem começar a substituir o óleo diesel por biocombustíveis, em estações de geração de eletricidade que abastecem bases de telefonia móvel em regiões rurais da África.
Com apoio do fundo da GSM Association para o desenvolvimento, os parceiros começarão um projeto na Nigéria para o uso de biocombustíveis nos geradores de eletricidade que abastecem estações de telefonia móveis localizadas em regiões sem acesso à rede elétrica.
"Estamos planejando replicar a idéia em Uganda, Ruanda e Quênia. Índia e Bangladesh também expressaram interesse", disse Ben Soppitt, gerente do programa de mercados emergentes da GSM Association (GSMA).
A começar da Nigéria, o mais populoso dos países africanos, o combustível será processado com base em palmas, sementes de abóbora, amendoins e pinhão.
As safras necessárias à geração de biocombustível serão cultivadas perto das estações-base, o que ajudará os agricultores locais, reduzirá a dependência de combustíveis fósseis e a necessidade de transportar combustível.
O custo do combustível, incluindo a segurança para sua armazenagem e transporte, pode responder por 80 por cento do custo operacional de uma rede rural de telefonia.
A MTN opera em 21 países africanos e do Oriente Médio, e tem 31 milhões de assinantes, enquanto a Ericsson é a maior produtora mundial de equipamentos para redes móveis de telecomunicação, com participação de mercado da ordem de 30 por cento.
"A adoção imediata de redes de telefonia móvel acionadas por biocombustível poderia colocar a África na vanguarda de uma nova onda de inovação", disse Karel Pienaar, vice-presidente de tecnologia da MTN.
Reuters
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