Rússia e EUA reafirmam Genebra II como solução para Síria

Paris, (Prensa Latina) Rússia e Estados Unidos concordaram nesta segunda (13) em Paris que a Conferência de Genebra II é o caminho para chegar a uma solução pacífica ao conflito na Síria e consideraram inadmissível uma intervenção militar nesse país.

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Essa posição foi divulgada ao final de uma reunião aqui entre o chanceler russo, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado estadunidense, John Kerry, à qual também se incorporou o representante especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lahdar Brahimi.
"Deve-se chegar a uma solução pela via pacífica, a intervenção militar é inaceitável", disse Kerry.

Enquanto isso, Lavrov expressou que Moscou e Washington concordam que a Conferência de Genebra deve ser realizada em 22 de janeiro, como foi acordado.

O chefe da diplomacia russa declarou que um dos objetivos desse encontro é recompor a lista de capturados para seu intercâmbio e dar acesso a missões humanitárias a zonas atualmente inacessíveis.

Lavrov adiantou que o governo sírio está disposto a cumprir com esses pedidos, mas que ainda espera um compromisso parecido da oposição.

O chanceler russo, quem joga um papel fundamental na busca de uma solução pacífica à crise, declarou que uma das tarefas essenciais será elaborar uma estratégia de luta contra os grupos terroristas que inundaram a nação levantina.
Lavrov se reuniu também aqui com o chefe da chamada Coalizão Nacional para as Forças da Oposição e da Revolução Síria (Cnfros), Ahmed Yarba, a quem instou a participar de Genebra II.

"A demora da oposição para manifestar sua disposição a participar na conferência nos preocupa muito", disse.

Além disso, o chanceler russo considerou importante que desse encontro participem atores externos, como o Irã e Arábia Saudita.

Tanto Lavrov como Kerry analisaram na capital francesa a possibilidade de que seja declarado um cessar fogo pouco antes das conversas de paz previstas nas cidades suíças de Montreux e Genebra. Segundo dados da ONU, o conflito na Síria já causou mais de 100 mil mortes desde seu início há três anos.

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