A duas semanas das eleições presidenciais na Rússia, o presidente Vladimir Putin, disse hoje (14), em última entrevista coletiva no Kremlin em estatuto do chefe do Estado, que está "contente com os resultados" de seu trabalho durante seus oito anos no comando do país.
"Não vejo nenhum grande fracasso. Todas as tarefas que se colocaram foram cumpridas", com estas palavras Putin respondeu à pergunta de um jornalista sobre quais seriam suas maiores conquistas e fracassos como chefe de Estado.
O presidente também afirmou estar satisfeito com os resultados de seu trabalho como chefe do Kremlin, embora tenha admitido que seu trabalho foi duro.
"Não sinto vergonha diante dos que votaram em mim em 2000 e em 2004. Durante estes oito anos trabalhei como um escravo em uma galé. Estou contente com os resultados do meu trabalho", concluiu.
Putin, classificou de "imoral e ilegal" qualquer apoio dado à proclamação "unilateral" da independência de Kosovo, horas antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU a pedido da Sérvia e da Rússia para discutir o tema.
"O apoio a uma declaração unilateral de Kosovo é imoral e ilegal", declarou Putin em sua última coletiva de imprensa antes de deixar o Kremlin, em maio próximo, depois das eleições presidenciais de 2 de março que decidirão seu sucessor.
A Rússia pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que será ralizada nesta quinta-feira, para abordar a iminente proclamação de independência da província sériva de Kosovo, esperada para domingo ou segunda-feira.
Nesta mesma coletiva, Putin se disse disposto a assumir o cargo de primeiro-ministro depois das eleições, nas quais já dá por certa a vitória de seu herdeiro político, Dmitri Medvedev.
Em dezembro, Medvedev, atual vice-primeiro-ministro, disse que, uma vez eleito, vai indicar Putin como seu primeiro-ministro.
Na mesma coletiva, Putin afirmou ainda que a Rússia se sentirá "obrigada" a apontar seus mísseis para a Ucrânia caso considere que sua segurança está "ameaçada" pela instalação neste país de bases da Otan e de elementos do escudo antimísseis americano.
"Nos veremos obrigados a reorientar nossos mísseis para alvos que, do nosso ponto de vista, ameacem nossa segurança nacional", disse Putin em referência à possível adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Putin disse ainda que o governo da Ucrânia tenta entrar para a Otan "contra a opinião de sua população", que seria contrária à iniciativa.
"Os ucranianos poderiam neste caso instalar bases ou elementos do escudo antimísseis americano", advertiu o presidente russo.
Com Efe e AFP
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