Hoje declarou o porta-voz da diplomacia russa que, é "inaceitável" a decisão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) de anular a missão de observação das eleições presidenciais russas de 2 de Março.
Disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Kamynine, em comunicado, "Lamentamos profundamente que OSCE tenha tomado uma tal posição e "consideramos os actos da OSCE inaceitáveis",
A Rússia tinha "proposto um compromisso", num encontro com responsáveis da OSCE, ao aceitar convidar 25 pessoas em "datas propostas" pelo Centro para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODHIR), instância da OSCE responsável pelas missões de observação eleitoral, e "os restantes observadores a partir de 20 de Fevereiro", disse Kamynine.
"Mas a direcção do ODHIR rejeitou este compromisso e apresentou um ultimato", considerou.
O responsável criticou a OSCE por "divulgar" o conteúdo de uma mensagem com a Comissão Eleitoral Central russa "mesmo antes de ser conhecido pelo destinatário".
"Um tal desprezo pelas normas elementares da ética e por um diálogo respeitoso testemunha que o ODHIR não tinha, desde o início, a intenção de chegar a acordo sobre os parâmetros da missão, mas que preparava o terreno para justificar a sua recusa" de se deslocar à Rússia, concluiu Kamynine.
A OSCE anunciou hoje a anulação da missão de observação do escrutínio presidencial devido "às restrições impostas pelas autoridades russas".
Por seu lado, a presidência eslovena da União Europeia "lamentou" hoje que a OSCE tenha sido obrigada a anular a missão de observação eleitoral.
A presidência "lamenta que devido às restrições incluídas no convite para as eleições presidenciais de 2 de Março enviado pelas autoridades russas e as discussões infrutuosas entre o ODHIR e as autoridades russas, o ODHIR ficou numa situação tal que considerou ser impossível executar o seu mandato e anulou a sua missão".
A presidência da União Europeia, que neste semestre cabe à Eslovénia, lembrou que "apoia plenamente as actividades de observação eleitoral do ODHIR e as normas em vigor", segundo as informações da Lusa.
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