A cimeira entre a União Europeia e a Rússia, terminou hoje (18) na cidade russa de Samara, e resultou com o anúncio de alguns projectos de colaboração no âmbito da informação, energia e cooperação fronteiriça. Mas alguns diferendos ainda persistem, como o embargo à carne polaca, na Rússia, e a tensão de Moscovo com alguns países do Báltico.
Putin declarou na conferência de imprensa que a Rússia está pronta a reforçar o diálogo com a Polónia sobre o embargo da carne. Mas, segundo presidente, «os nossos colegas e amigos polacos não falam connosco há mais de um ano. Graças a Deus que existe a chanceler alemã, que representa os interesses deles. Vamos continuar a conversar», retorquiu Vladimir Putin.
Putin anunciou que a Rússia e a UE planeiam criar um sistema de informação e aviso recíproco na esfera energética, depois da reunião em que participaram a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
«A pedido dos parceiros europeus, continuaremos o trabalho de criação de um mecanismo de informação e aviso recíproco no campo energético», disse Putin, acrescentando ter sido conseguido um acordo para «acelerar os trabalhos de realização de programas de cooperação fronteiriça entre a Rússia e União Europeia».
Vladimir Putin revelou também que foi decidido dar um impulso às conversações com vista a pôr fim ao sistema de vistos entre a Rússia e os 27, acrescentando também que as duas partes acordaram sobre «a troca prévia de informações por via electrónica sobre o comércio mútuo e mercadorias».
Vladimir Putin acusou a Letónia e Estónia de violação dos direitos da população russófona residente nesses países do Báltico. «A Rússia, onde há séculos vivem e se desenvolvem numerosos povos e culturas, deu um enorme contributo para os valores europeus da democracia. Foi neste contexto que discutimos um problema extremamente importante como a violação dos direitos da população russófona na Letónia e Estónia», afirmou Putin.
Putin terminou a intervenção, frisando que os participantes da cimeira chegaram a acordo sobre «quase todas questões, salvo sobre os problemas económicos com alguns países vizinhos», como é caso do embargo da carne polaca, na Rússia.
Durão Barroso, por seu lado, apoiou a adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio, mas considerou que «não existem razões para proibir a importação da carne polaca».
Com Portugal Diário
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