Segundo as estatístcas oficiais , a Rússia tem desde há anos a mortalidade de um país de guerra. O governo russo aprovou ontem (22) um novo plano para combater doenças como diabetes, tuberculose, câncer e aids, responsabilizadas em parte pelo persistente declínio populacional da Rússia.
Além disso nos finais do ano passado o governo lançou um programa de fomento da natalidade , segundo o qual a partir de 2007 a mãe recebe um subsídio de 250.000 rublos (9.200 dólares) depois de nascimento de segundo filho. Ela pode gastar esse dinheiro acumulado na conta bancária três anos após para melhorar condições de moradia, educação de crianças ou para formar sua pensão por idade.
A população russa registrou um decréscimo de 561.200 habitantes no ano passado, para 142.2 milhões, um recorde de baixa na era pós-soviética, segundo a agência estatal de estatísticas. O índice de mortalidade infantil é um dos mais altos de toda a Europa. Se a situação não altera, a Rússia poderia perder um terço da sua população para metade do século.
O presidente Vladimir Putin tem lamentado a constante redução populacional que tem ocorrido apesar do crescimento econômico alimentado pela venda de petróleo que tem revitalizado a Rússia e ajudado seus concidadãos a prosperarem durante sua presidência.
As mortes continuam a superar os nascimentos e a expectativa de vida continua absurdamente baixa, particularmente entre os homens - em 2005 era de 58.9 anos, cerca de 15 a 20 anos mais baixa do que em países como Japão, França e Suécia. As causa de alta mortalidade entre os homens são o alcoholismo, tabaquismo e os acidentes laborais e domésticos.
Para as mulheres, a expectativa é de 72.3 anos - quatro a sete anos mais baixa do que as mulheres daqueles países.
E o número de suicídios é impressionante na Rússia, segundo uma autoridade do Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social, com cerca de 40.000 pessoas se matando anualmente. Na maior parte da Rússia, as mortes superam os nascimentos em cerca de 50%.
O baixo padrão de vida e preocupações econômicas fazem aumentar o estresse e provocam comportamentos pouco saudáveis, violência doméstica e problemas psicológicos, acrescentou a autoridade.
O novo programa de financiamento qüinqüenal, para 2007 a 2011, visa reduzir o índice de mortalidade combatendo as doenças e terá recursos equivalentes a cerca de R$ 6 bilhões.
Pravda com Interfax
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