A russa Gazprom e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell assinaram um acordo para a nova composição do consórcio que vai gerir o projecto petrolífero da ilha de Sacalina. O grupo semi-estatal russo, Gazprom, aceitou a compra de 50% e mais uma acçaõ do projecto de petróleo e gás Sakhalin-2 por 7,45 mil milhões de dólares (5,66 mil milhões de euros), aumentando o controlo da Rússia na indústria energética.
O projeto foi liderado pela Shell com participação de japonesas Mitsui e Mitsubishi. As empresas envolvidas neste projecto investiram cerca de 12 mil milhões de dólares (9,08 mil milhões de euros) nesta parceria. A Shell, após a venda, vai ficar com uma participação de 27,5%, a Mitsubishi fica com 12,5% e a Mitsui fica com 10%.
O presidente russo mostrou-se contente com o acordo. Disse Vladimir Putin: "Sei que há já vários anos a Shell convidou a Gazprom a cooperar. O governo da Rússia está tão interessado na realização deste projecto como estão os investidores. Quero agradecer-vos por toda a flexibilidade que demonstraram nestas negociações".
Em Setembro, o Ministério dos Recursos Naturais da Rússia decidiu cancelar a licença de desenvolvimento do Sakhalin-2 A Shell devido à violação de normas ambientais. A agência ambiental russa afirmou em 12 de dezembro que poderá triplicar para US$ 30 bilhões um pedido de indenização contra a Shell relacionado a danos causados pelo projeto Sakhalin-2.
Sob ameaça de abrir um processo judicial, Shell foi forçada a ceder o controle do projeto. Um acordo como esse representa uma vitória para o Kremlin, determinado a aumentar seu controle sobre "pesos pesados" da economia russa, e um retrocesso para a Shell.
O negócio põe fim a todos os obstáculos e permite que o projecto avance.
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