O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou dia 2 que as propostas levadas pelo Brasil foram as únicas aceitas entre as dos países convidados a participar, em Moscou (Rússia), da reunião de ministros do Grupo dos Oito (G 8), formado por França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, Canadá e Rússia. Os outros países convidados para a primeira reunião sobre educação do grupo foram México, China, Índia, Cazaquistão e África do Sul.
Uma das propostas aceitas, explicou o ministro, é a de que "países pobres recebam o perdão da dívida externa por aumentarem o investimento na educação, ou seja, que toda a ajuda financeira, ou a maior parte dela seja condicionada ao aumento de recursos do país beneficiário em investimentos na educação". Ele deu entrevista por telefone à Agência Brasil.
Um exemplo disso ocorreu quando o Brasil perdoou a dívida de Cabo Verde e, ao mesmo tempo, uma delegação brasileira ajudou o governo desse país a instalar a primeira universidade pública. "A troca de dívida por investimento tende a ganhar terreno na cooperação internacional", afirmou Haddad.
Outra proposta apresentada no encontro, segundo Haddad, foi a chamada cooperação triangular Norte-Sul-Sul. O objetivo é que países desenvolvidos do Hemisfério Norte contribuam com países subdesenvolvidos do Sul, com apoio técnico de outro país do Sul que já tenha acumulado conhecimento na área específica do acordo de cooperação. "África do Sul, México, Brasil e Índia enfrentam problemas ainda parecidos com os de países pobres, mas acumularam conhecimento para a solução desses problemas que países pobres não têm, e que os países ricos, por terem resolvido isso há muito tempo, já esqueceram. A parceria de um país em desenvolvimento numa relação triangular aumenta o retorno do investimento em educação", afirmou o ministro.
De acordo com o ministro, o Brasil está compondo um bloco de países intermediários com propostas comuns em torno da educação. "O nosso objetivo é educação para todos e cumprir as metas do milênio estabelecidas para 2015. Queremos cooperar para que mesmo os países sem recursos possam contar com nossa ajuda, a fim de superar o atraso educacional e promover as metas em seu território".
Fonte: PT
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