A invasão do Iraque embasada em mentiras e fantasias, a tortura de Abu Graib, Guantânamo e locais secretos, as 750 bases militares ocupando o mundo inteiro, a produção de armas de destruição em massa de todos os tipos desde biológica, química, radiológica até nuclear sem nenhuma restrição pelos órgãos internacionais, omissos e comprados, a insensibilidade para a situação ecológica do planeta e principalmente, a deterioração dos valores referentes aos direitos humanos, entre inúmeros outros fatores, revelam as entranhas deterioradas do Tio Sam, bonito por fora. Por dentro, é um Frankenstein.
Muitos seguem o mesmo caminho. Blair e seu Reino Unido tem sido bons discípulos. Outros se vendem por montanhas de dólares.
Quando os líderes não conseguem perceber a transformação que se agiganta no planeta inteiro, o choque já comprometeu as bases do sonho imperial. A revolução francesa ocorreu desta forma.
O mundo está engendrando uma nova revolução. É fundamental resolver as desigualdades sociais. É fundamental transformar a convivência entre os seres pretensamente sapiens. É fundamental conservar a vida que resta no planeta sob o risco de total extinção. É fundamental respeitar as diversidades.
As nações unidas persistem em descompasso com a realidade. A humanidade não pode mais preservar o espólio da segunda guerra mundial mantendo a prerrogativa dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China no seu farisaico Conselho de Segurança.
Os desafios são outros. A história se confronta com sua perspectiva de futuro, gritando por uma reação in extremis.
Hoje, de cada três pessoas, duas permanecem excluídas do mercado de consumo. Diariamente são violentadas pela propaganda de um sem número de itens de conforto, totalmente inacessíveis. Mais 20 anos, de cada quatro pessoas, três estarão na lata do lixo da humanidade.
Hoje, um por cento dos mais ricos ganha mais que a metade dos viventes do planeta. A desigualdade envergonha o conhecimento adquirido, a capacidade de humanização, o bom senso e a dignidade que ainda resta.
As soluções não podem ser teóricas. O planeta contemporâneo é o maior fracasso de todos os tempos. A justificativa é absurdamente lógica: nunca avançamos tanto em conhecimento e tecnologia. Vivemos o maior paradoxo de todos os tempos.
O homo predator vem vencendo todos os embates. Mais um pouco a humanidade estará integralmente depredada. O reino humano está se esvaindo, moribundo.
Nesta circunstância, os mortos costumam ressuscitar. O filme está excelente. Suspense. Estamos no fim.
Orquiza, José Roberto escritor [email protected]
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