Deflagrada nesta terça-feira (4), pelo menos 43 pessoas foram presas na Operação Muro de Fogo, em Goiás, São Paulo e Minas Gerais contra acusados de invadir contas bancárias pela internet, segundo o G1.
Segundo as investigações, que duraram oito meses, a quadrilha usava programas de computador para roubar números de contas bancária e senhas. Com esses dados, eles realizavam saques, pagamentos e transferências.
Durante os depoimentos, os policiais se surpreenderam com a ousadia do grupo. O delegado de combate ao crime organizado, Alessandro Moretti, diz que algumas contas que recebiam o dinheiro estavam no nome de crianças.
Atuação nacional
Em um apartamento vistoriado pela PF, em Uberaba (MG), a polícia encontrou equipamentos de informática e um circuito interno de TV para vigiar o movimento do lado de fora. "Nós acreditamos que o grupo tinha atuação nacional. Praticamente em todos os estados do país há vítimas", diz o delegado Ricardo Ruiz.
A estimativa é de que a quadrilha tenha furtado até R$ 2 milhões por mês, por meio de saques em caixas eletrônicos, na "boca do caixa" e transferências de dinheiro para contas de "laranjas".
Prevenção
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha encaminhava e-mails para as vítimas e, quando elas seguiam as instruções das mensagens (abrir arquivos ou visitar sites fraudulentos, por exemplo), instalavam códigos maliciosos nos computadores. Esses programas têm como objetivo roubar informações pessoais dos usuários de internet, como números de contas correntes e senhas, para a realização de transferências financeiras não-autorizadas. Esse tipo de golpe é conhecido como phishing scam..
O engenheiro de computação João Conengudes diz que a melhor maneira do internauta se proteger de crimes desse tipo é instalando um programa antivírus no computador.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter