A vereadora de Ouroeste (SP) Maria Claudina da Silva (PSDB), 52 anos, acusada de seqüestrar e torturar uma funcionária pública, supostamente a amante do seu marido, foi presa na tarde desta quarta-feira (14) .
O caso aconteceu em 2004, mas a condenação do Tribunal de Justiça só saiu ontem, quando policiais e oficiais de Justiça cumpriram o mandado de prisão na Câmara. A vereadora, que está no segundo mandato, vai cumprir pena de cinco anos de reclusão em regime semi-aberto por seqüestro, constrangimento ilegal e injúria.
A vítima, Marilei dos Reis Machado, pede uma indenização de 700 salários mínimos pelos danos sofridos.
Além da vereadora, outras duas pessoas - a costureira Ivete Leal de Oliveira Teixeira e o funcionário público Valdecir de Freitas Silva, ambos de 55 anos - foram condenadas a cumprir três anos e seis meses de reclusão em regime semi-aberto por supostamente terem ajudado no crime.
Em 4 de outubro de 2004, a vereadora teria obrigado Marilei a entrar em seu carro e a levado a um motel. Lá, os três teriam agredido fisicamente a servidora e raspado o cabelo dela. Depois de sofrer as supostas agressões físicas e psicológicas, a vítima teria sido deixada nua na praça da Igreja Matriz de Meridiano, cidade vizinha a Ouroeste.
A vereadora, que também é funcionária pública municipal e cumpria a segunda legislatura, está presa na cadeia de Meridiano, assim como Ivete. Silva está detido em Guarani D'Oeste, outra cidade vizinha. Os três aguardam vagas em presídios.
O advogado Ricardo Franco de Almeida, que defende a vereadora, recorreu ao TJ contra a decisão dos desembargadores. Entretanto, a vereadora deve continuar detida enquanto o recurso não for julgado. Apesar de presa, a vereadora, que faz parte da base de apoio do prefeito Nelson Pinhel (PTB), não corre risco de ser cassada por enquanto.
O presidente da Câmara, José Fábio da Silva (PSB), disse à imprensa que vai esperar o julgamento dos recursos para decidir se pede a cassação da colega. Por enquanto, segundo ele, a vaga da vereadora ficará vazia.
Já o advogado Jurandyr Pessuto, que defende Marilei, aguarda julgamento, em primeira instância, de uma ação que pleiteia o pagamento de uma indenização de R$ 266 mil (700 salários mínimos) para sua cliente, a título de danos morais e materiais, escreve Terra.
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