O cassino Sands, de Macau, propriedade do grupo americano Las Vegas Sands Corp., terá que pagar um prêmio de US $ 100 mil ganho na quarta-feira passada por uma menina de 16 anos , que, portanto, estava proibida por lei de entrar no local, noticia BBC News.
A decisão foi tomada hoje pelos Serviços de Inspeção e Coordenação do Jogo de Macau, o órgão governamental encarregado de regular o funcionamento da principal fonte de riqueza da Região Administrativa Especial da China.
Segundo a entidade, a análise jurídica do caso demonstra que não há razão para negar o prêmio, que o cassino se recusou a pagar ao saber da idade da jogadora.
Na quarta-feira, uma jovem cliente do cassino, o primeiro de Las Vegas a se instalar na ex-colônia portuguesa, em 2004, conseguiu um "jackpot" de US$ 100 mil numa máquina caça-níqueis.
Ao sacar o prêmio, precisou se identificar, por se tratar de uma grande quantia. Os responsáveis do cassino descobriram então que sua idade era 16 anos, dois a menos que o mínimo legal para jogar.
A jogadora, natural de Hong Kong e que estava acompanhada por sua mãe e sua avó, afirmou então que não tinha sido ela, e sim uma de suas parentes que tinha conseguido o prêmio. Mas as gravações das câmaras de segurança demonstraram que foi ela quem fez a jogada ganhadora. O cassino, então, decidiu reter o dinheiro e deixar o caso nas mãos de seu departamento legal.
As autoridades de Macau anunciaram que a futura legislação sobre o jogo será mais dura e poderá incluir sanções para os cassinos onde seja detectada a presença de menores.
O cassino Sands anunciou que acatará a decisão, mas justificou a presença da menor afirmando que "fisicamente ela aparentava ser maior de idade" e que é "muito difícil garantir um controle total de entrada num cassino em que, só na quarta-feira passada, entraram mais de 50 mil pessoas".
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