Chapeuzinho Vermelho anda pela floresta, levando doces para sua avozinha doente e dá de cara com o Lobo Mau. O Lobo consegue as informações e corre por um atalho, chega na frente, engole a vovó e toma o lugar dela, de touca, na cama. Chapeuzinho chega, pergunta pra quê essa boca tão grande, vovó?, o Lobo se revela, mas chega um lenhador e salva o dia - inclusive retirando a velhinha da barriga do bicho. Todo mundo conhece a história, mas será que ela aconteceu assim, mesmo? É essa a brincadeira de Deu a Louca na Chapeuzinho (Hoodwinked!, Estados Unidos, 2005), longa-metragem de animação que estréia hoje no Brasil.
A história é uma investigação policial tendo o conto-de-fadas como base e que parte do roubo de um livro de receitas. Assim, ninguém é o que parece e todo mundo pode ter alguma coisa a esconder.
Os personagens ganham atualizações que, de cara, parecem forçadas e previsíveis. A vovó, por exemplo, não é a velhinha bondosa e indefesa que conhecíamos, mas gosta de esportes radicais. Chapeuzinho é especialista em artes marciais, piada velha desde que Matrix (1999) estreou nos cinemas - e já usada com a princesa Fiona de Shrek (2001).
Aliás, a história em si já parece um subplot de Shrek, que satiriza inúmeros contos-de-fada - incluindo Chapeuzinho Vermelho. Mas, se bem contada, até uma piada velha funciona - assim, o sucesso artístico de Deu a Louca na Chapeuzinho só depende de seus realizadores.
É o primeiro longa de animação da Kanbar Animation, distribuída pela Weinstein Company (dos ex-donos da Miramax). O elenco que dá as vozes originais do desenho é famoso (Anne Hathaway, Glenn Close e Jim Belushi).Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter