James Webb encontra água congelada em torno de uma estrela — e isso pode mudar tudo sobre a vida no Universo

Uma das descobertas mais impressionantes do telescópio espacial James Webb acaba de ser anunciada: água congelada foi detectada ao redor de uma estrela distante, com características muito parecidas com as do nosso Sol. A estrela está localizada a cerca de 370 anos-luz da Terra e está envolta por um disco de poeira e gás onde planetas estão se formando.

Esse disco, conhecido como disco protoplanetário, é o local onde surgem novos mundos. E, pela primeira vez, os cientistas conseguiram identificar gelo de água "flutuando" nessas regiões externas e frias do disco, antes mesmo que os planetas estejam completamente formados.

Por que essa descoberta muda tudo?

Até agora, a teoria dominante era que a água chegava aos planetas através de impactos com cometas ou asteroides. Mas essa nova observação sugere que a água pode estar presente desde o nascimento dos planetas, já incorporada ao material que os forma. Isso amplia significativamente as chances de existência de planetas com água — e talvez vida — em outras partes do Universo.

O telescópio James Webb conseguiu esse feito utilizando o instrumento MIRI, que observa o espectro infravermelho com altíssima precisão. Os cientistas puderam confirmar a presença de gelo de água a partir das assinaturas espectrais claras nos dados coletados.

Impacto na busca por vida e na ciência planetária

Se planetas se formam já com água em seu entorno, isso quer dizer que mundos habitáveis podem ser muito mais comuns do que se imaginava. Além disso, essa descoberta pode nos fazer repensar a própria origem da água da Terra: talvez ela já estivesse presente no disco solar que nos deu origem, e não tenha vindo de fora.

Os resultados completos foram publicados na Nature Astronomy, e os dados públicos estão disponíveis em fontes como o portal científico LiveScience

Aliás, o James Webb já havia detectado outras substâncias em exoplanetas — como monóxido de carbono — mas agora ele nos leva um passo mais perto de entender como a água, e talvez a vida, surgem no cosmos.

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Author`s name Petr Ermilin