Coligação liderada pelos EUA mata mais 40 civis na Síria
Caças da chamada «coligação internacional» atacaram intensamente, esta quarta-feira, a região de Al-Mayadin, à beira do rio Eufrates, na província de Deir ez-Zor, fazendo mais de 40 mortos entre a população civil. Os sobreviventes fogem, com receio de novos ataques.
A informação relativa ao mais recente massacre perpetrado na Síria pela coligação que os Estados Unidos lideram - alegadamente para combater o Daesh - foi confirmada por meios locais e fontes militares, segundo revelam a Prensa Latina e a agência Sana.
Os caças da coligação atacaram de forma intensa a região de al-Mayadin, 50 km a sudeste de Deir ez-Zor, deixando mais de 40 vítimas mortais - na sua maioria mulheres e crianças - e dezenas de feridos entre a população civil, e provocando grandes danos materiais em casas e outras propriedades.
De acordo com a agência Sana, que refere fontes locais, um grande número de habitantes tem estado a fugir da região, nomeadamente da aldeia de al-Dablan, em direcção ao deserto sírio, temendo a repetição dos ataques e deixando os seus pertences para trás.
Esta é a mais recentemente das acções militares da chamada coligação internacional a provocar vítimas mortais entre a população síria. Há pouco mais de uma semana, os caças da coligação vitimaram 12 pessoas - todas da mesma família - na região de Tel al-Shayer, na província de Hasaka. De acordo com dados oficiais, nenhuma delas era um «extremista armado».
Desde Setembro de 2014 a violar a soberania de um Estado
As acções da coligação internacional no país árabe nunca foram aprovadas pelo governo sírio, que questiona a eficácia dos bombardeamentos e acusa os países envolvidos de violarem a sua soberania e integridade territorial. Para as autoridades sírias, as acções deste conglomerado na realidade protegem os terroristas do Daesh e criam obstáculos aos avanços do Exército sírio e das milícias aliadas.
O Pentágono admite que os ataques na Síria provocaram vítimas mortais entre a população civil, mas rejeitam os números avançados pelo Governo sírio e por outras fontes. Em meados deste mês, um representante da ONU alertou para a «espantosa perda de vidas civis» provocada pela «intensificação dos ataques aéreos» da coligação internacional.
Foto: Press TV
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