Muito se fala nos BRICs. São os principais países emergentes que, unidos, fazem um grupo. A última medida tomada foi a consolidação, pelo menos teórica, de um banco formado pelos países componentes, para auxílio mútuo.
Mas o grupo ainda não decolou. Formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, originalmente, alguns países querem entrar para a associação. Os paquistaneses já conseguiram.
O momento é delicado. Na verdade, o BRICs pode surgir como poderosa ferramenta de desenvolvimento da economia, tanto própria, como mundial. Mas ainda anda incipiente. A grande participação é a chinesa, que prospera mais a cada ano que se passa. Estão muito à frente dos demais países, e começam a dominar a economia mundial.
Por razão ainda não bem determinada, o grupo não deslanchou como deveria. O Brasil e a Rússia passam por momentos improdutivos, e este fato atrapalha muito o desenvolvimento. Os chineses estão cada vez mais ricos e poderosos, e aparentemente não se preocupam muito com o BRICs.
Enquanto isso, países improdutivos no momento, por falta de economia planejada, como Venezuela e Argentina, cortejam os dirigentes para fazerem parte, quando não têm a menor condição, querem levar vantagem. Nada contra quem quer o desenvolvimento, mas nunca às custas dos outros. Talvez o maior chamariz seja a efetivação do banco. A filosofia desta associação não é política, mas de trabalho produtivo. Naturalmente, é difícil uma união forte, coesa, amiga e determinada. Os resultados são econômicos, e neste campo, salve-se quem puder. No momento, o Brasil não colabora, entrou em dificuldades também.
Segundo dizem, a Alemanha quer abandonar a economia da União Europeia e fazer parte do BRICs. Para fortalecer o grupo, é muito bem-vinda. Todos conhecem a capacidade de trabalho do povo alemão. No entanto, é bastante possível que junto aos chineses tenham supremacia destacada.
Não se trata de quem é maior ou menor, filosofia errada para participantes de um trabalho. O importante, no momento, e a real consolidação dos países componentes, a união de todos e, sobretudo, a participação positiva num mundo que se acha tão conturbado.
A Alemanha está com este espírito? Se afirmativa a resposta, que venha logo.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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