A Terceira Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) decorre hoje e amanhã em Moscou. Aleksandr Yakovenko, porta-voz do Ministério de Negócios Estrangeiros da Federação Russa, falou do evento numa entrevista com RIA Novosti.
A primeira cimeira teve lugar em Xangai em 15 de Junho de 2001. Os líderes da Federação Russa, a RP China, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguizstão e Uzbequistão foram os fundadores, sendo a Carta da OCX e o Acordo sobre a Estrutura Regional anti-Terrorista assinados na segunda Cimeira em São Petersburgo, em 7 de Junho de 2002.
Em Moscou, Alexsandr Yakovenko declarou que os chefes de estado irão clarificar os regulamentos, estabelecendo os procedimentos dos órgãos da OCX, lançando os mecanismos mencionados na Carta e formulando o orçamento da Organização. Além disso, “os chefes de estado irão aprovar a candidatura do primeiro secretário executivo da OCX, o Embaixador da RP China em Moscou, Zhang Deguang, e adotarão a bandeira e logotipo da Organização”, disse o porta-voz do MNE russo.
Principalmente, esta cimeira visa “fomentar a cooperação multilateral entre os seis países participantes”. O contexto desta cooperação é a necessidade de enfrentar novas ameaças, nomeadamente do terrorismo e do tráfico de drogas. Afeganistão, por exemplo, é outra vez um flagelo para a Federação Russa depois do derrube dos Talebã, que tinham começado a controlar o fenómeno.
“O fortalecimento do componente económico da Organização é outra prioridade para os países membros da OCX”, disse Yakovenko, acrescentando que haverá acordos sobre comércio e a criação das condições para investimento. Haverá uma segunda reunião em Bishkek em Setembro entre os Ministros de Finanças e Economia destes países para continuar os dossiers.
Além do setor económico, haverá uma vertente cultural e legal. Prepara-se um festival de artes a ter lugar nos países membros e a legislação de cada nação será estudada para permitir a maior transparência e facilidade na resolução de eventuais casos.
Relativamente a uma posição comum dos membros da OCX, Aleksandr Yakovenko considera que “os países membros favorecem relações internacionais democráticas e acredito que não é permissível minar as normas e princípios da lei internacional e a Carta da ONU, principalmente o princípio da soberania”, numa referência clara à actuação dos EUA e Reino Unido no Iraque.
“Como organização da nova geração, a OCX deveria fazer uma contribuição significante à região da Ásia-Pacífico, considerando que a segurança desta região é íntegra e só pode ser comum e colectiva se todos os estados membros tiverem direitos iguais”.
Timofei BYELO PRAVDA.Ru
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter