Após a Duma ( Câmara baixa do Parlamento russo , o Conselho da Federação, a câmara alta, aprovou nesta sexta-feira (16) a suspensão da participação russa no Tratado sobre Forças Convencionais na Europa (FCE), que poderá entrar em vigência em 12 de dezembro, uma vez que o presidente Vladimir Putin já assinou um decreto neste sentido.
Descontente com a aproximação da presença militar americana de suas fronteiras, a Rússia anunciou em julho passado que suspenderá sua participação no tratado FCE, segundo o qual há um limite no envio de armamento no continente europeu.
Apesar da aprovação do Parlamento, Moscou não pode se retirar do tratado antes de 12 de dezembro, já que deve respeitar um período de espera de 150 dias a partir do momento em que informou oficialmente sua intenção aos outros países que o assinaram, segundo AFP.
A Rússia pode ainda mudar de opinião e continuar fazendo parte do FCE se os países da Otan ratificarem uma versão revisada do tratado adotada em 1999, lembrou o chefe da diplomacia russa durante a votação no Senado.
"Esperamos que a reação de nossos sócios permita colocar ordem no terreno da limitação e o controle do armamento na Europa", afirmou. "Isto só é possível com a entrada em vigor da versão revisada do tratado", afirmou.
O tratado FCE é um dos textos chaves que regem a segurança no velho continente desde o final da Guerra Fria. Foi assinado em 19 de novembro de 1990 entre a Otan e o Pacto de Varsóvia e foi "adaptado" em 1999 em Istambul levando em consideração a desaparição do bloco soviético.
Os países da Otan, no entanto, não ratificaram esta versão revisada.
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