Após a Rússia perder o cosmódromo Baikonur que ficou em Cazaquistão, o de Plessetsk se tornou a principal base do serviço espacial russso. O cosmódromo de Plessetsk, que se encontra na região de Arkhangelsk é o mais setentrional do mundo, comemora estes dias o cinqüentenário .
Inicialmente objetivo militar com o nome convencional de Angará, era um polígono, que posteriormente se tornou cosmodromo.
Ali, no norte da Rússia, foi decidido instalar complexos de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais R-7. Este míssil, elaborado no buró de projetos, sob a direção de Serguei Koroliov, foi adotado como armamento do Exército Soviético. Em 17 de março de 1966 foi feito o primeiro, na história do cosmódromo, lançamento de satélite artificial da Terra. E até 2007, de suas áreas de lançamento, foram efetuados mais de mil e quinhentos lançamentos de foguetes portadores e colocados em órbita cerca de 2000 engenhos cósmicos de diferentes finalidades.
Desde 1968 o cosmódromo passou a participar do cumprimento de programas cósmicos internacionais. Em 4 de abril de 1972, pela primeira vez na URSS, foi lançado um pequeno engenho cósmico francês MAC-1. Desde então foram feitos cerca de 70 lançamentos com participação estrangeira.
Foram colocadas em órbita cargas úteis de clientes e parceiros de 24 países.
Hoje o cosmodromo desenvolve-se rapidamente e moderniza-se. Justamente com este complexo ímpar relacionam o futuro da cosmonáutica russa assinala Vitali Viatkin, funcionário responsável do Serviço de Informação e relações públicas das tropas cósmicas.
O desenvolvimento do cosmódromo Plessetsk visa a criação de infra-estrutura de foguetes portadores promissores de classes leve, média e pesada. Atualmente no cosmódromo estão sendo testados foguetes portadores de classe média Soius-2. Também está sendo construído um complexo técnico de lançamento para mísseis Angara. Isto assegurará à Rússia o acesso garantido ao espaço cósmico, independentemente do carácter e orientação das relações militares, políticas e econômicas mútuas com outros países.
No futuro Plessetsk será o complexo universal de foguetes Angara. Com sua inaguração será possível fazer do cosmodromo lançamentos de engenhos cósmicos com ajuda de foguetes portadores de todas as classes leve, média e pesada. E apesar de o cosmodromo Baikonur no Kazaquistão continuar a desempenha importante papel no desenvolvimento da cosmonáutica russa, sobretudo pilotada, a Rússia, no entanto, deverá ter acesso independente ao cosmos.
Fonte Voz da Rússia
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