Uma equipa de cientistas do Reino Unido descobriu grandes rios existentes a centenas de quilómetros de profundidade, por baixo da camada de gelo da Antártida. Os rios, com 346 quilómetros de longitude, podem ligar os chamados «lagos subglaciares».
A descoberta deita por terra a teoria tradicional de que esses lagos, formados por depósitos de água doce, evoluíram sem contacto com a atmosfera. Porém, esta investigação - baseada em medições muito precisas obtidas com os radares do satélite ERS-2, da Agência Espacial Europeia (ESA) - prova que os lagos subglaciares geram «fluxos que percorrem distâncias muito grandes», sublinhou Duncan Whingham, líder da pesquisa.
Acredita-se que essas bolsas de água contêm espécies vivas únicas que ajudariam a estudar a possibilidade da existência de vida em condições adversas como as de outros planetas. A agência espacial dos Estados Unidos (NASA) e a Academia das Ciências da Rússia estão a planear realizar perfurações para obter amostras de água dos rios encontrados, de modo a comprovar se conterá algum tipo de vida.
Até agora já foram descobertos mais de 150 lagos subglaciares, mas os cientistas suspeitam que possam existir milhares.
Segundo "Diário Digital"
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