Rachid Sgayer, Saleh Labihi e Yahdih Terruzi, de regresso as suas casas no Sahara Ocidental ocupado
Graças à pressão internacional, três dos presos políticos saharauis do Grupo dos Sete defensores dos Direitos Humanos encarcerados desde o passado dia 8 de Outubro na prisão marroquina de Salé, quando regressavam de uma visita aos seus familiares nos acampamentos de refugiados saharauis no sul da Argélia, foram ontem libertados.
Sete meses depois da sua detenção e após uma greve de fome de 41 dias foi-lhes ontem concedida a liberdade provisória "graças à pressão internacional das ONGs de direitos humanos, partidos políticos e governos", afirmou ontem por telefone à agência noticiosa saharaui SPS Yahdih Terruzi, um dos presos políticos libertado juntamente com Rachid Sgayer e Saleh Labihi.
"A nossa libertação não é um presente de Rabat, antes o produto da sua incapacidade para convencer a opinião pública internacional sobre os argumentos desta detenção arbitrária contra activistas pacíficos de direitos humanos, que regressavam de una visita pacífica às suas famílias, de quem estamos separados por um muro militar marroquino há três décadas", afirmou Yahdih Terruzi.
Questionado sobre o que se passa com os restantes elementos do grupo: Ali Salem Tamek, Beahim Dahan e Hamadi Nasiri, Yahdih Terruzi afirmou que a libertação dos presos de Salé em "separado é uma manobra evidente que procura impedir movimentos espontâneos de expressão de entusiasmo e felicidade por parte do povo saharaui que acompanha sempre com grande expectativa a libertação dos presos políticos saharauis".
Degya Lachgar, a única mulher do grupo, foi posta em liberdade no passado dia 28 de Janeiro de 2010 devido ao seu "grave" estado de saúde, e que se deveu à forte pressão exercida por numerosas organizações de direitos humanos.
Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental
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