Novas condenações contra Israel pelos crimes na Faixa de Gaza começam a perfilar-se nas Nações Unidas, em um dia antes de que o tema seja debatido no plenário da Assembléia Geral.
O máximo órgão da ONU acontecerá nesta quarta-feira para analisar o chamado relatório Goldstone que acusa a Israel de crimes de guerra e contra a Humanidade durante sua invasão a esses territórios palestinos entre dezembro e janeiro passados, com saldo de 1.400 mortos e uns 5.300 feridos.
A reunião foi convocada pelo atual presidente do máximo órgão da ONU, Alí Treki, em resposta a pedidos do grupo de Estados árabes, do Movimento de Países Não Alinhados e do Conselho de Direitos Humanos.
O documento, de 574 páginas, foi elaborado por uma equipe que encabeçou o jurista sul-africano Richard Goldstone e demonstra que Israel violou o direito humanitário e abusou do uso desproporcionado da força durante sua Operação Chumbo Fundido contra a Faixa de Gaza.
Também recomenda que os responsáveis sejam julgados na Corte Penal Internacional e chama às autoridades israelenses e palestinas a pesquisar, através de seus sistemas legais, os alegados crimes de guerra afirmados no relatório.
Segundo transcendidos na sede da ONU, o grupo de países árabes da organização mundial preparou um projeto de resolução para sua análise amanhã na Assembléia Geral.
O texto pede ao secretário geral de Nações Unidas, Ban Ki-Moon, que apresente o relatório Goldstone ante o Conselho de Segurança e chama às autoridades israelenses e palestinas a acatar as recomendações feitas pelos autores dessa investigação.
Texto: Prensa Latina
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=351869bde8b9d6ad1e3090bd173f600d&cod=5007Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter