As boas-vindas e as conversações oficiais entre o presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raul Castro Ruz, e o de Angola, José Eduardo dos Santos, assim como as demais atividades desta intensa e frutífera jornada, ultrapassaram os limites do protocolo e constituíram um fraterno, sincero e frutífero intercâmbio, conforme a irmandade existente entre ambos os povos.
A cerimônia oficial de boas-vindas começou com os hinos nacionais de Cuba e de Angola, interpretados por uma banda militar, e a revista da Guarda de Honra, colocada em frente do Palácio Presidencial.
A seguir, os presidentes cumprimentaram os funcionários do governo angolano, representado pela maioria dos membros do Conselho de Ministros, assim como os integrantes da delegação cubana. Depois, teve lugar o encontro entre as duas delegações, na qual falaram Raúl e Dos Santos.
Os dois dignitários destacaram o papel relevante do líder da Revolução Cubana na capacidade de resistência de nosso povo, fundamento de suas vitórias face a todas as agressões, e na vocação internacionalista de Cuba. Além do mais, salientaram o simbolismo de que a visita coincidisse com o 48º aniversário do início da luta armada em Angola, em 4 de fevereiro de 1961.
Raúl assinalou que nesse mesmo ano, dois meses e meio depois, aconteceu a vitória na Baía dos Porcos e que a irmandade histórica entre Cuba e Angola é indestrutível, pois foi forjada na luta comum contra o colonialismo e o apartheid, sob o guia de dois homens excepcionais: Agostinho Neto e Fidel Castro.
Da mesma maneira, ressaltou que era grato constatar a realidade de paz e o compromisso do MPLA, do governo e do povo angolanos com a construção econômica e a consolidação da unidade nacional, assim como o papel decisivo do presidente Eduardo dos Santos no esforço para conseguir objetivo tão prioritário.
Ratificou a disposição cubana para contribuir modestamente para a reconstrução econômica com a cooperação de especialistas e trabalhadores internacionalistas.
O presidente de Angola, de sua parte, afirmou que a ação solidária de Cuba foi determinante para a independência. Lembrou que, quando o seu povo foi abandonado pela potência administradora, a Ilha enviou seu melhor pessoal para prestar ajuda.
Cumprimentou nosso povo pelo 50º aniversário da Revolução Cubana, por ser vencedor em cada agressão sofrida e por merecer o respeito de todos. Condenou o bloqueio dos Estados Unidos e ratificou que os cubanos sempre poderão contar com a amizade e a modesta solidariedade de Angola, assim como a decisão, ainda em meio à atual crise econômica interncional, de incrementar a colaboração, para o qual contribui a complementaridade das duas economias.
Sublinhou que Cuba e Angola são exemplo de independência, coesão nas decisões políticas e de atuação independente e soberana. Mais tarde, os dois presidentes tiveram um encontro privado de trabalho, onde examinaram os programas de colaboração em curso e os que vão ser implementados, o qual decorreu, segundo afirmou o presidente Dos Santos, de maneira franca e aberta, consoantemente com a sólida amizade forjada.
Em paralelo, os membros das duas delegações reveram separadamente os diversos temas da agenda da visita e informaram dos resultados aos dois dignitários
Granma/Jorge Martín Blandino/Enviado especial
http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=6dfe08eda761bd321f8a9b239f6f4ec3&cod=3225
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter