A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem (21) por 44 votos a 17, a entrada da Venezuela no Mercosul. A proposta segue agora para votação em plenário, segundo Veja OnLine. Embora DEM e PSDB tenham se posicionado contra, o governo conseguiu votos suficientes para aprovar o parecer do relator da projeto, deputado Paulo Maluf (PP-SP), favorável à entrada do país de Hugo Chávez no bloco.
A vitória só foi conseguida após a negociação entre governo e PMDB para a distribuição de cargos na Petrobras. O partido ameaçou apresentar um requerimento de adiamento da votação para forçar o governo a indicar Paulo Roberto Costa para a diretoria de exploração da Petrobras. "O parecer vai ser votado hoje. Vamos aprovar. É necessário separar o discurso da pessoa física do presidente Chávez da relação do Brasil com a Venezuela, que é um dos nossos principais parceiros comerciais", disse o líder do governo na Casa, José Múcio Monteiro (PTB-PE), depois de pedir a cada deputado apoio à aprovação do texto.
A adesão do país já havia sido aprovada pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara em outubro. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é favorável ao projeto. "Estamos confiantes de que a entrada da Venezuela no Mercosul será boa econômica e politicamente, pela estabilidade que produzirá na região. Será boa para o Mercosul, porque teremos uma vértebra maior para a integração de toda América do Sul. Será boa para a Venezuela, porque o convívio com as democracias do Mercosul ajudará consolidar ainda mais o esforço democrático da Venezuela", afirmou
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