Cécilia Sarkozy explicou, um dia depois do anúncio oficial do divórcio, as razões por que o seu casamento acabou e por que deixará de ser a primeira dama de França.
Em entrevista ao L`Est Républican, Cécilia considera que não é possível dissociar a vida pública do seu casamento. E recorda o caso amoroso que fez correr tinta nas páginas dos jornais, há dois anos.
«Houve na minha vida um acontecimento do qual a França, infelizmente, está a par, porque, sendo eu uma mulher mediática devido às funções do meu marido, tudo o que acontece na minha vida deve ser explicado. Acontece que, em 2005, eu conheci uma pessoa, apaixonei-me e fui-me embora . Quis tentar comportar-me correctamente e regressar para tentar reconstruir qualquer coisa».
«Nos últimos dois anos, não falei», mas «esta vida pública não tem a ver comigo, não tem a ver com aquilo que sou no mais fundo de mim própria; sou uma pessoa que gosta de ficar na sombra, que gosta da serenidade, que gosta da tranquilidade», confessa.
«O meu marido era uma figura pública, sempre soube disso e acompanhei-o durante 20 anos. Este combate levou-o a um lugar onde penso que ele é fantástico, porque é um homem de Estado, um homem que é capaz de fazer muito pela França e pelos franceses. Mas penso que esse não é o meu lugar. Já não é o meu lugar», diz Cécilia.
As razões que levaram ao fim do seu casamento não são exclusivas do casal Sarkozy: «O que me aconteceu tem acontecido a milhões de pessoas; um dia, alguém já não tem o seu lugar no casal. O casal deixa de ser a coisa essencial da vida dessa pessoa, já não funciona, já não resulta. As razões são inexplicáveis, acontecem a muitas pessoas. Aconteceu-nos a nós».
Cécilia sublinha, contudo, que «tentou tudo». «Tentámos tudo, tentei tudo, mas simplesmente já não era possível». A neta do famoso compositor espanhol Albéniz revela que «a crise não chega de um dia para o outro. Voltei a casa há um ano. Durante um ano, tentei empenhar-me profissionalmente, pessoalmente, mas isso não funcionava todos os dias».
Questionada sobre o facto de não ter ido votar na segunda volta está relacionado com o fim da relação, Cécilia anui: «Durante o G8, preferi afastar-me, porque aquele já não era o meu lugar. Se não fui votar, foi porque já não me sentia bem, porque não era o momento de me mostrar».
Sobre o futuro, Cécilia diz que quer concentrar-se na família. E depois «projectar o futuro», porque não quer «viver mais em função do meu passado», nem no «meio dos escombros». «Ainda em criança, quando terminava um desenho, virava a página e começava a fazer outro. Pois bem, peguei nos pincéis para pintar uma história nova».
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