O presidente da Lituânia, Valdis Adamkus, afirmou que pretende ver debatido, na Cimeira de Lisboa, o conflito energético entre o seu país e a Rússia, noticia hoje Nezavissimaia Gazeta .
O diário cita uma entrevista de Adamkus a um canal de televisão de Vilnius, na qual o Presidente da Lituânia afirma que, na cimeira da UE a realizar em Portugal a 18 e 19 de Outubro, os membros da União Europeia terão de se definir, de uma vez por todas, no que respeita à política comum face à Rússia.
«Ou decidimos falar com a Rússia sobre esta questão a uma só voz, ou a União Europeia é um tigre de papel ou uma espécie de ficção», declarou o presidente lituano. Entre outras questões, Valdis Adamkus tem em vista a suspensão de fornecimento de petróleo de Moscovo à Lituânia através do oleoduto Drujba, ocorrida a partir de Julho de 2006.
O oleoduto Drujba fornecia petróleo à refinaria lituana Mazeikiu Nafta, a maior da região do Báltico.
Moscovo alega que não vale a pena investir dinheiro na reconstrução da parte do oleoduto que fornecia petróleo só à Lituânia, com um comprimento de cerca de 70 quilómetros, devido ao avançado grau de degradação, pois, tendo em conta as posições antirussas das autoridades lituanas.
«O destino do gasoduto Drujba será decidido depois da avaliação económica da sua potencial reparação», declarou, no passado mês de Junho, Simion Vainchtok, presidente da Transneft, empresa pública russa que gere o transporte de petróleo por oleodutos.
Porém, Vainchtok sublinhou que «depois da avaliação económica, pode ser decidido canalizar os meios existentes para a reconstrução do oleoduto Drujba para outros projectos».
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