Foi morto durante protestos na cidade birmanesa de Yangun um fotógrafo japonês, nesta quinta-feira. A embaixada do Japão foi notificada pelo governo de Mianmar, segundo a agência de notícias Kyodo, Segundo o Reuters.
Mais cedo, uma testemunha havia dito que um homem caiu quando tiros foram disparados pela polícia contra uma multidão de 1.000 manifestantes. Segundo a testemunha, ele tinha uma "pequena máquina e aparentava ser chinês ou japonês".
Tropas do governo disseram aos manifestantes que eles tinham 10 minutos para ir para casa ou seriam baleados. A junta militar que governa Mianmar intensificou suas ações contra os maiores protestos no país em 20 anos.
Manifestantes foram se dispersando à medida que 200 soldados marchavam lentamente pelas ruas, com rifles e alto-falantes, lembrando o que ocorreu em 1988, quando cerca de 3.000 pessoas foram mortas durante protestos em todo o país.
Tropas de choque entraram no templo de Sule, ponto final das marchas de mais de uma semana contra o governo militar e as dificuldades econômicas.
"Está um barulho assustador", contou uma testemunha.
Na quarta-feira, monges budistas disseram que cinco deles foram mortos quando forças de segurança tentaram reprimir enormes manifestações.
A China -- aliada da junta militar -- emitiu um raro alerta pedindo a todas as partes que "mantenham a contenção e lidem apropriadamente com os problemas que surgiram".
"Como vizinha, a China está extremamente preocupada com a situação em Mianmar", afirmou uma porta-voz da Chancelaria.
As ações das forças do governo devem enfurecer ainda mais os 56 milhões de habitantes do país, que sofrem com uma queda nas condições de sobrevivência, agravadas por grandes aumentos de combustíveis, no mês passado. Esses aumentos deflagraram os primeiros protestos, ainda pequenos.
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