Segundo informa um relatório do governo dos EUA citado em reportagem da CNN Sob a vigência de confusas leis de privacidade, as autoridades muitas vezes falham em dar mais atenção a estudantes perigosos em potencial.
O documento se refere ao relatório criminal realizado na Universidade Virginia Tech e divulgado quase dois meses depois do maior crime numa universidade no país.
Em 16 de Abril, o estudante Cho Seung-Hui antes de se suicidar matou 32 estudantes da Faculdade de Tecnologia, no campus de Blacksburg, no Estado da Virgínia. O crime foi considerado o de maiores proporções na história moderna dos EUA, superando até o famoso massacre de Columbine, em 1999.
O estudante de 23 anos, nascido na Coreia do Sul, foi descrito durante a investigação do caso como uma pessoa solitária. Estudante de Letras, o jovem preocupava seus professores pelo grau de violência de seus textos. Após Cho revelar tendências suicidas a um colega de quarto, que então alertou alguns professores e amigos, o jovem sul-coreano foi obrigado a passar por um teste psicológico e encaminhado para tratamento.
Contudo, os resultados do teste nunca foram encaminhados na base de dados do Sistema de Comprovação de Antecedentes Criminais. Por esse motivo, Cho teve enorme facilidade em comprar as duas armas que usou no massacre. "Dados precisos e completos sobre os indivíduos proibidos de portar armas são essenciais para evitar que armamentos caiam em mãos erradas", conclui o relatório.
Parte do problema, diz o relatório, é que educadores, médicos e policiais não têm certeza da permissão de revelar a ficha médica dos pacientes, segundo informa a reportagem da CNN.
"Precisamos ressaltar para educadores, para a comunidade médica de saúde mental e para oficiais da lei que todos pode, de fato, compartilhar informações quando a segurança de uma pessoa ou de uma comunidade está em perigo", disse o secretário de Serviço Social e de Saúde, Michael O. Leavitt.
"Quando uma pessoa coloca sua vida em perigo, ou a de uma comunidade, as leis permitem que a escola trabalhe em conjunto com os serviços de saúde para dar apoio à esta pessoa", afirma.
Fonte AgolaPress
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter