Medida exige que tropas comecem a deixar o país em outubro; deputados também aprovaram intimação para que Condoleezza deponha no Congresso sobre a invasão.
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quarta-feira, 25, um projeto determinando que a retirada das tropas americanas do Iraque comece até 1º de outubro e, se possível, seja concluída até 1º de abril de
Nossas tropas estão envolvidas numa guerra civil sem inimigo claro e sem estratégia clara para triunfar, afirmou o líder da maioria democrata, Steny Hoyer. O prazo para a retirada faz parte de uma lei de financiamento de guerra que libera US$ 124 bilhões para as tropas no Iraque e Afeganistão.
O comandante das tropas americanas no Iraque, general David Petraeus, foi ao Congresso acompanhar a votação e defender o reforço de tropas ordenado por Bush
Os deputados também aprovaram, por 21 votos a 10, uma intimação para que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, deponha no Congresso sobre os motivos que levaram o governo Bush a invadir o Iraque.
Entre os pontos a ser esclarecidos está a alegada compra de urânio pelo regime de Saddam Hussein - acusação que se mostrou depois falsa, mas foi usada pela Casa Branca em 2003 para invadir o Iraque. O depoimento da secretária de Estado deve ser marcado para o mês que vem.
Na época da invasão, Condoleezza era conselheira de Segurança Nacional. O Departamento de Estado, citando o privilégio do Executivo - uma lei que protege o presidente e seus assessores mais próximos -, já avisou que Condoleezza usará essa prerrogativa para não comparecer à sessão.
Durante o mandato de Bush, a Casa Branca recorreu várias vezes a esse privilégio, criado para que os conselheiros mais próximos do presidente não se sintam intimidados pelos congressistas e pela lei caso precisem orientá-lo.
Os deputados também concederam, por 36 votos a 6, imunidade a Monica Goodling, o contato do secretário de Justiça, Alberto Gonzales, com a Casa Branca. O objetivo é deixar Monica à vontade para contar os motivos que levaram o Departamento de Justiça a demitir oito procuradores federais em dezembro.
Gonzales, que depôs na semana passada, está balançando no cargo. Os democratas acusam o governo de demitir os procuradores por razões políticas. Na mesma sessão, os deputados marcaram um novo depoimento de Gonzales para o dia 10 de maio.
Fonte Portal Estadão
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