Os presidentes Evo Morales, Álvaro Uribe, Alfredo Palacio e Alejandro Toledo, se reúnem hoje com a intenção de reforçar a credibilidade da Comunidade Andina, que sofreu um forte abalo após a saída da Venezuela, em maio.
O objetivo dos líderes dos quatro países será buscar consenso. Na última reunião dos chanceleres, as posições entre os representantes teriam sido muito divergentes, em um encontro que tinha por objetivo preparar documentos de discussão.
Os chanceleres David Choquehuanca, da Bolívia; Carolina Barco, da Colômbia; Francisco Carrión, do Equador; e Oscar Maúrtua, do Peru, reuniram-se em escritórios do próprio hotel onde estavam hospedados, e não falaram com a imprensa.
A incerteza sobre o resultado dos diálogos ficou evidente desde o início. Rumores sobre supostas "dificuldades de fundo" entre os quatro países e o tema da Venezuela apareciam como cenário de fundo da discussão.
A possibilidade de o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assistir à reunião de hoje também gerou muita expectativa. Os anfitriões da cúpula negaram a presença do presidente durante todo o dia, mas a informação oficial venezuelana confirmando a ausência de Chávez só chegou no final da segunda-feira.
O chanceler equatoriano, Francisco Carrión, falou várias vezes que a Comunidade Andina é formada somente por Bolívia, Colômbia, Equador e Peru, e que esses quatro países deveriam resolver sozinhos seus problemas.
O presidente boliviano confirmou, em La Paz, sua presença na cúpula presidencial em Quito, onde assumirá a Presidência rotativa da Comunidade Andina, qualificada por seu parceiro mais próximo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como um bloco morto. A tarefa de Morales será justamente reanimar a CAN, criada na década de 60 e considerada essencial para o fortalecimento da região andina e a para a integração entre seus membros e os do Mercosul Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
A Venezuela esperava que a Bolívia também fosse deixar a CAN. Mas Morales não seguiu Chávez, que chegou a dizer que seu amigo teria a missão de enterrar o bloco. Agora o presidente venezuelano afirma que vai apoiar seu colega boliviano.
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