A operação para o controle do tráfico de drogas na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), criada em 2005 e coordenada pela Polícia Federal brasileira, foi destacada como um exemplo para outros países pelas Nações Unidas.
O órgão divulgou hoje (3) o relatório anual de 2005 da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), uma organização independente que monitora a aplicação das convenções internacionais para o controle de drogas e auxilia a ONU nesse tema.
O relatório cita o Brasil em nove dos cerca de 650 parágrafos do documento. Como pontos positivos, o texto destaca a operação conjunta para o rastreamento de drogas realizada pelo Brasil com Argentina, Venezuela, Bolívia e Chile.
Também ganhou destaque a Operação Seis Fronteiras, que uniu Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, bem como os Estados Unidos, contra o desvio de produtos químicos usados na fabricação de cocaína e heroína.
"Não podemos imaginar que uma mudança radical na forma de combater vai ser uma solução imediata. Não existe solução mágica, não existe solução fácil, é um problema para ser enfrentado de forma cautelosa, inteligente, em longo prazo e progressiva", afirma o chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Repúblcia, general Jorge Armando Félix.
Por último, o relatório cita o Projeto de Lei n.º 7.134/2002, que trata da prevenção do uso e abuso de drogas e da repressão ao tráfico ilícito. O projeto já foi aprovado pela Câmara e aguarda votação no Senado. Para o general, a lei é importante porque atualiza uma legislação que já possui mais de três décadas.
"Um detalhe importante é a separação da figura do traficante da figura do usuário. Achamos que é uma coisa extremamente importante, porque um é o homem que lucra e utiliza atividades ilícitas para seu próprio benefício, o outro é mais uma vítima".
PT
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