Café e ovos são uma combinação clássica nas mesas de café da manhã de todo o mundo. Mas uma nova pesquisa revelou que esse hábito aparentemente inofensivo pode estar relacionado a níveis elevados de substâncias químicas tóxicas no organismo. Trata-se dos chamados PFAS — compostos sintéticos resistentes que se acumulam no corpo humano e no meio ambiente.
De acordo com reportagem publicada no GMC Online, o estudo analisou amostras sanguíneas de mais de 1.800 pessoas e identificou que aquelas que consumiam café e ovos com frequência apresentavam até 25% mais PFAS no sangue em comparação com os demais participantes.
Os PFAS (substâncias per e polifluoroalquil) são compostos químicos utilizados em diversos produtos industriais e domésticos — como panelas antiaderentes, embalagens de fast food e tecidos impermeáveis. O problema é que eles não se degradam facilmente e podem causar acúmulo tóxico em órgãos como o fígado e os rins.
Estudos anteriores já associaram os PFAS a distúrbios hormonais, infertilidade, problemas de imunidade e câncer. Por isso, seu monitoramento em alimentos e água é uma preocupação crescente entre agências de saúde pública.
Os pesquisadores suspeitam que os PFAS não estão necessariamente nos alimentos em si, mas sim nos processos de preparo e embalagem. No caso do café, o uso de filtros tratados, cápsulas plásticas e máquinas com peças de teflon podem ser fontes indiretas de contaminação.
Já nos ovos, o problema pode estar na raça das aves, na alimentação industrializada ou até na água contaminada usada nas granjas. Como os PFAS são bioacumulativos, até pequenas exposições regulares podem elevar os níveis internos ao longo do tempo.
Não é preciso eliminar esses alimentos da rotina, mas adotar práticas mais conscientes pode fazer diferença. Veja algumas dicas:
Curiosamente, os Estados Unidos já avançam em legislações para limitar o uso de PFAS em embalagens e equipamentos alimentares. Mas até que a indústria se adapte por completo, caberá ao consumidor tomar decisões mais informadas à mesa.
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