O paramilitarismo preocupa muito na Mesa de Conversações de Paz em Havana, porque o Estado colombiano continua sem reconhecer o paramilitarismo, assegurou um dos juristas que acompanha os diálogos de paz em Havana.
O advogado Diego Martínez declarou ao diário colombiano El Tiempo que o paramilitarismo preocupa muito a Mesa de Conversações que se realiza em Havana [Cuba] para a paz da Colômbia entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo [FARC-EP] e o Governo.
O advogado, quem é integrante -em nome das FARC-EP- da comissão jurídica que acompanha as Conversações e membro do Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos, explicou que a preocupação surge porque o Estado colombiano continua sem reconhecer a existência do paramilitarismo.
Martínez explicou que a existência do fenômeno paramilitar gera uma preocupação muito forte na Mesa, e especialmente na Comissão Jurídica, "é toda uma andaimaria institucional que corrompeu o Estado, se encontra dentro dele e cooptou muitos aparelhos regionais de poder político".
Por isso relembra que se acordou a criação de uma Unidade Judicial que terá por objetivo desmantelar o paramilitarismo.
Esta Unidade Judicial se encarregará de desmantelar as estruturas criminais e as organizações consideradas sucessoras, não somente a partir de uma perspectiva militar como também em tudo o que se move ao redor. Isto quer dizer políticos, empresários e pessoas que os apoiem, explicou Martínez.
Para que isto se torne realidade, a Unidade Judicial deverá, segundo Martínez, "investigar, esclarecer o que ocorreu, realizar julgamentos justos, ditar sentenças, e também fazer recomendações de política criminal".
Fuente: telesurtv.net
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